Direitos das pessoas com epilepsia: preconceito compete com necessidade de políticas públicas

Entre cada cem pessoas, uma a duas tem epilepsia. Estima-se que ao redor do mundo 50 milhões de pessoas têm epilepsia ativa, ou seja, estão em tratamento ou tiveram crises no último ano. No Brasil, elas enfrentam dificuldade em obter tratamento, diagnóstico e fármacos. No aspecto social, ainda não são vistas, compreendidas ou reconhecidas, portanto não possuem os direitos necessários para enfrentar, tanto dificuldades impostas pela doença, quanto as grandes barreiras de atitude como o preconceito, que constituem a desigualdade, a exclusão social e a falsa impressão de pessoas que têm crises epiléticas são incapazes.

E quais são os direitos dessas pessoas? De acordo com Regina Silva Alves de Lima, Assistente Social do Departamento de Neurologia da UNIFESP e Terapeuta Familiar, os mesmos garantidos a todos os cidadãos do país pela Constituição Federal de 1988 e outras leis nacionais. No entanto, há necessidade de políticas públicas direcionadas para maior inclusão social, no que tange ao ambiente escolar, mercado de trabalho e, acesso a atendimento especializado e medicamentos específicos de quem vive com a doença: “É preciso muito trabalho para o desenvolvimento de Leis que garantam os direitos das pessoas com epilepsia, uma vez que existem dificuldades para a concessão de benefícios diante da complexidade da legislação brasileira”, comenta.

O preconceito e estigma diante da doença são universais. As crises não são permanentes, o que dificulta a legislar. Se a pessoa for considerada incapacitada, devido a limitação de qualquer atividade básica, como andar, falar, aprender, trabalhar, entre outros, poderá solicitar um benefício assistencial ou um benefício previdenciário (auxílio-doença, aposentadoria por invalidez ou aposentadoria da pessoa com deficiência). Porém, a concessão pelo INSS depende da avaliação dos sintomas pela perícia médica.

Conforme a Assistente Social, por ser um problema de saúde intermitente, que não é constante e nem visível, muitos profissionais da área médica, responsáveis pela perícia, não compreendem a epilepsia, desconhecem as questões psicossociais e as dificuldades vividas pelos pacientes. Há falta de informação sobre os direitos existentes, a maneira de acessá-los, como e quando a pessoa recorre a esses direitos: “Os benefícios da previdência social não atendem a necessidade das pessoas com epilepsia, muito embora é dito que todos os cidadãos têm direito a previdência social. Elas têm dificuldades na sua aposentaria por invalidez, assim como ao benefício de prestação continuada, o BPC, uma vez que elas não conseguem justificar a sua incapacidade, que é decorrente do tipo de crise e dos riscos que ela traz”, comenta.

SUS e a pessoa com epilepsia

A pessoa com epilepsia que necessita de medicamentos que estão listados no protocolo clínico que contém as diretrizes adotadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e divulgado pelo Ministério da Saúde tem o direito a receber o tratamento de forma gratuita. Se a medicação não for encontrada no posto de saúde, o paciente poderá fazer um pedido por escrito que será direcionado para a Secretaria de Saúde do município, incluindo todas as informações que estão no relatório médico, e explicando a necessidade e o que está ocorrendo.

Em último caso, poderá ser feito um pedido judicial, com defensor público ou com um advogado, e apresentar os documentos médicos e uma cópia da solicitação para a Secretária da Saúde. Ressaltando que essa situação deve ocorrer depois da tentativa extrajudicial, que é mais rápida e eficaz.

Outro ponto importante a destacar é sobre o tratamento médico. Se o município de origem do paciente não fornecer o tratamento, a pessoa com epilepsia poderá solicitar o Tratamento Fora de Domicílio (TFD), que consiste em uma ajuda de custo ao paciente e, em alguns casos, também ao acompanhante, encaminhados por ordem médica à unidade de saúde de outro município ou Estado da Federação, quando esgotados todos os meios de tratamento na localidade de residência do paciente. O TFD, fornecido pelo SUS, destina-se a pacientes que necessitem de assistência médico-hospitalar cujo procedimento seja considerado de alta e média complexidade eletiva.

Não existe conquista sem demanda social

As pessoas com epilepsia não estão na lista que a legislação considera com deficiência física ou mental. Quem trabalha, estuda e busca uma vida comum, se expõe a crises e sofre com preconceitos. No âmbito profissional, podem ser demitidas com frequência ou ter dificuldade na contratação. Os principais fatores que sustentam a resistência do empregador são, medo de absenteísmo, medo de problemas legais decorrentes de acidentes de trabalho, bem como receio que a imagem pública da empresa seja afetada.

Para Regina, em todas as instâncias está o preconceito. Ela defende que é preciso união e empoderamento por parte das pessoas com epilepsia: “Devido ao preconceito, as pessoas com epilepsia aprendem a ficar dentro de casa, escondidas da exposição porque ter crises em público podem implicar em muitas perdas: do trabalho; dos amigos, do seu ambiente social […] se necessário é preciso ir às ruas, nas assembleias e chamar a atenção de políticos. Na medida que eles não enxergam essa demanda social tão explícita, eles não investem em melhores condições para assistência de quem tem epilepsia. Sem demanda social, não há ganhos de direitos, finaliza.

Redação

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33 thoughts on “Direitos das pessoas com epilepsia: preconceito compete com necessidade de políticas públicas

  1. Após 3 anos de exército as crises apareceram, partir daí minha vida virou de cabeça para baixo; o exército me “deixou” de lado, e ao fim do ano me mandou embora, não pude concluir minha habilitação… Não tive nenhuma oportunidade em trabalhos em que destaquei q tinha a doença e nos que não comentei na primeira crise fui demitido. A sociedade leva o problema pro lado psicológico/religioso, e marca as pessoas que sofrem com esse problema, não sou mais convidado pra um “futebol/festa” da viuito na parte de “planejar um futuro”. Me viro como posso para dar o de melhor pra minha filha e adquirir alguns bens, mas olha…difícil achar janelas com esse problema em uma sociedade DESINFORMADA!

    1. Falou tudo meu marido tbem foi trabalhar em uma empresa teve a crise no outro dia disseram que ele não precisava ir mais não é fácil eu estou trabalhando e ele não consegue pq qem sabe que ele tem não quer pegar ele pra trabalhar

  2. Também sofro com isso desde os 5 anos. Não consigo trabalho e nenhum benefício do governo.Os epiléticos deveriam sim receber um benefício pois os medicamentos são muito forte que até nos deixam dopados em uma cama .

    1. Concordo plenamente com você, tenho 27 anos e trabalho e cada vez que a empresa descobre que sou Epilética eles me demitem no dia seguinte

  3. A epilepsia começou em minha vida aos 7 anos, e sempre foram crises fortes com dores de cabeça, ânsia de vômito, quando eu sentia mexer o meu estômago ali mesmo eu desmaiava, me debatia, mordia a boca e rangia os dentes, e movimentos com as mãos. Eu fui mandada embora de uma empresa de agência de navios por ter tido uma convulsão na empresa. As pessoas tem o preconceito, tem medo dizendo que a baba vai contaminar, sentem vergonha de nós e muitos se afastam. Cheguei a ter de 10 a 15 crises por mês onde o médico falou a minha mãe que se eu não controlasse o nervoso poderia ficar numa cadeira de rodas. Eu conheci uma senhora que estava numa cadeira de rodas. Também perdi uma conhecida que faleceu aos 27 anos após a cirurgia na cabeça. Fez a cirurgia e depois as crises aumentaram até que entrou em coma e veio óbito. Epilepsia é uma doença grave e que nós devemos sermos respeitados como seres humanos, e que não pedimos para nascer com esse problema. Muitas vezes acordei em um hospital e não sabia o que havia acontecido, e louvo e agradeço a Deus que através de uma médica de Santos, me encaminhou para a Unicamp e eu pude fazer a cirurgia na cabeça, onde eu agradeço a Deus que não ficaram sequelas como eu conheci pessoas que ficaram, e hoje as crises estão controladas, onde Deus mudou a minha vida. Que busquem a UNICAMP, e mais cinco hospitais no Brasil que são referência em epilepsia, e vocês poderão fazer acompanhamento e dependendo do grau vai para a cirurgia como foi o meu caso que é considerado de grande mal. Hoje tenho uma vida tranquila onde não tenho mais convulsões, dores de cabeça, desmaios. Deus mudou a minha vida e assim fará com vocês. Busquem se informar e corram atrás da da vitória de vocês. Tomei várias medicamentos controlados, mas o que mudou a minha vida foi a cirurgia.

  4. Eu tenho epilepsia desde que nasci, nunca deixei de ser avaliada e de fazer uso de medicação. Por várias vezes os neurologistas que me acompanhavam tentaram retirar a medicação, porém com média de 2 meses, eu começava a ter crises de novo, tenho epilepsia parcial do lóbulo esquerdo e ausência. A minha memória está muito comprometida hoje em dia. Tenho dificuldade de ter relacionamentos de amizade onde trabalho, as pessoas raramente me co.primentam ou só vão no setor que eu trabalho só, se precisarem de algo. Estou com 53 anos e muita dor emocional na alma.

    1. Imagino o que você passa, pois passo por algo parecido , principalmente depois que já passei mal algumas vezes no trabalho, fiquei bem isolada.
      O remédio afeta muito a memória e meu trabalho tá ficando um pouco comprometida.
      Só Deus para abençoar, estou com 35 anos.

    2. Eu te entendo muito Magnolia, eu tenho crises leves e raras, mas o preconceito sempre fez parte da minha vida, e o pior só fui diagnosticada comn eplipesia com 54 anos antes, o diagnostico, eu passava por fingida, e outros adjetivos que nem sei mencionar…. hoje tenho 60 anos e a um ano atraz tive dois AVCis que começaram com epilipsias fortes e culmiram nos AVCis, percebo que meus amigos se afastaram de mim… talvez pela dificuldade da minha fala…que ficou comprometida, Eu tenho eplispia e tive AVC … não uma doença contagiosa… entendo muito bem essa dor da solidão… quando quiser conversar me coloco a disposição sou de Pinhais-Pr. Criz

  5. Eu nasci com epilepsia e hoje em dia gracas a Deus e a um primo meu que Deus o colocou no meu caminho e consegui arrumar um emprego aos 39 anos ja estou la a 7 anos mas as pessoas que sabem que tenho epilepsia não me chamam pra sair isso acaba comigo isso machuca muito as pessoas olhem pra nós como se fosse contaminar eles

  6. Eu tenho epilepsia de difícil controle grau três generalizada , e sofro muito preconceito , o pai do meu filho me largou por causa da epilepsia , por vergonha , pessoas se afastaram , eu não saio de casa por causa do preconceito , já fiquei no CTI duas vezes , eu fico muito triste pois só queria q as pessoas não tivessem preconceito , já falaram que eu estou com demônio no corpo . Sofro muito com isso …hj estou em depressão , … As pessoas acham que somos contagiosos e horrível … Me dói na alma …

    1. Oi Paula. Peço perdão pelas pessoas leigas e ignorantes que te falaram que você tem demônios. Sou pastora e há poucos meses descobri que minhas enxaqueca severas, pernas inquietas, apartamento dos dentes, depressão e ansiedade eram fruto de epilepsia do sono focal. Não tenho conclusões, nunca caí. Mas meu cérebro tem crises quando estou dormindo. Deus usou um psiquiatra muito experiente pra fechar o diagnóstico, pois não dava laudo positivo no eletroencefalograma. Só alguém com olho clínico pra ler as pontas ondas que indicavam atividade irregular durante o sono. Também tive perdas e meus próprios pré-conceitos pra vencer. Mas foi Jesus que me ajudou e tem ajudado até aqui. Agora me trato com neuro. Troquei a medicação. E vou engravidar. Vida que segue. Confie em Deus!

    2. Não tenha vergonha querida, erga a cabeça e siga em frente, Jesus é a cura, o melhor remédio… eu tbm tenho de difícil controle, tanto que o médico me disse que se eu engravidasse eu teria que abortar, hj meu filho tem 23 anos… Estou aqui não desisti de mim, tbm fui abondonada, mas Jesus não me abandonou… Se ame, se valorize, e se esqueça o amanhã pertence a Deus 🙏🏼

  7. Lendo os comentários e me colocando no lugar de todos, de cada relato, extremamente importante esse exercício para dar forças para poder fazer algo que mude essa realidade, hoje estou com 41 anos, ainda tenho eplepsia tônico-clônico generalizada, uso medicamento contínuo dois comprimidos um de manhã e um a noite de ácido volpróico ou volproato de sódio 500mg, passei por incontáveis crises desde um ano e 9meses de idade, contudo, sempre procurei levar uma vida normal do meu ponto de vista, porém quando aconteciam as crises, conviver sem o preconceito era inevitável, a vez que comentei sobre essa condição ou “doença”, também sofri preconceito por parte da empresa, algo já esperado, desde então passei a esconder e não mencionar mais sobre a condição. Hoje, empreendo no ramo de poços artesianos, mas sempre tive a curiosidade de poder fazer algo que pudesse mudar essa realidade tanto que estou 7 semestre de psicologia e especializando em neuropsicologia para poder aprofundar cada vez mais e poder de alguma forma influenciar essas cabeças preconceituosas e desinformadas consideradas as pessoas normais da sociedade. Apesar de ter eplepsia não lembro de ter lido comentários de pessoas com essa mesma condição que eu, me comovi mas só digo a todos para não se deixarem dominar pela doença, omitam se for preciso, procurem ser disciplinados no uso dos medicamentos que controlam e inibem as crises, não duvide nunca da sua capacidade e competências. Deus abençoe a todos que comentaram nesse site e a quem teve iniciativa de postar esse tema extremamente importante e que precisa ser cada vez mais discutido na saúde pública….

  8. Eu sei o k é isso….eu sou epletica desde os meus doze anos de idade e nunca pude trabalhar, sempre na luta contra humilhações e deboches, mas hoje eu enfrento isso de cabeça erguida sem vergonha de ter esse problema, mesmo sabendo que nunca foi fácil pelo fato de nunca poder trabalhar, ter uma vida digna para ajudar meus pais, Deus me Abençoou com um filho perfeito, sem ter o mesmo problema k eu tive, hj ele trabalha tem tudo o k eu nunca pude ter e principalmente é Feliz…. E tem o k eu sempre quis ter todo mês para ajudar em casa, seu dinheiro honesto, do trabalho conquistado e digno… Mas espero confiante que essa doença ainda será direito de aposentadoria, se Deus quiser 🙏🏼

  9. Fico triste pelos relatos acima. Sou epilética desde os 15, atualmente tenho 28 e sempre fui acolhida tanto no âmbito estudantil, como no profissional. Inclusive em todo lugar que vou faço questão de dizer a minha condição, porque se numa eventual crise ocorrer as pessoas saibam me dar o suporte e não se assustarem. Já tive no ambiente de trabalho por 3 vezes e como já era de conhecimento geral, fui socorrida da maneira correta.
    Desde que descobri que era epilética, passei a contar a qualquer pessoa que fosse do meu círculo social principalmente para orientar as pessoas sobre a epilepsia, quebrar alguns preconceitos e sempre respondi as perguntas de maneira séria e responsável até mesmo as que soassem como “zoação” para que ninguém passe o desconforto de ter vergonha de falar a condição. E acho que o ponto chave é este, quanto menos disseminação de informação falsa as banalizações serão evitadas.
    Do fundo do meu coração, espero que vocês sejam acolhidos!

    1. Amei seu comentário! Minha filha tem 27 anos e desde pequena tem essa doença maldita. Sempre digo pra ela que não tem que se esconder. É importante que as pessoas saibam oque fazer na hora de socorrer. Na verdade ela tinha crises de ausência e agora está dando convulsões horríveis. Deus tenha misericórdia de todos que sofrem com essa doença. É muito difícil…

  10. O que temos que fazer é nos unir e criar uma demanda para que possamos ser incluídos no rol de Portadores de Necessidades Especiais ! Isso nos ajudaria a conseguir uma melhor inserção no mercado de trabalho e pleitear políticas públicas que combatam o preconceito e a desinformação! Estima-se que 1 a 2 por cento da população é afetada por epilepsia! Jogando essa estimativa em uma população do tamanho do Brasil é gente pra caramba! Façamo-nos ouvir então! Vamos trazer a atenção dos políticos para nós!

  11. Tenho epilepsia desde os 11 anos de idade, estudei,me formei,fiz concurso, trabalhei por muitos anos, depois de 26 anos de serviço, não consegui retornar ao trabalho normal,ao longo do tempo passei por preconceito, discriminação, agressão verbal…,em fim,no ano passado não senti forças para levar minha vida normal, sempre tenho crises, principalmente quando passo por determinada situação relacionada a esse problema de saúde que venho fazendo acompanhamento, más hoje tenho vontade de parar o tratamento, não tenho forças para para continuar nessa luta, peço forças a Deus, pois se não aconteceu algo pior comigo, foi porque ele tem estado ao meu lado, já tive crise atravessando rua, avenida, descendo do transporte, más sempre teve alguém que me ajudou,sou grata, más a luta de quem tem epilepsia não é fácil não!!😢

  12. Sou epilética ,não me formei só terminei o 2grau,emprego minguem me dá oportunidade.e igual as outras mensagens,tenho ânimo por ter Deus no meu coração.

  13. Oi sou avó de uma princesa linda de três anos eu que cuido dela meu maior prazer.meu filho pai dela descobriu aos 15anos que tinha essa doença.nao sei porque minha pequena nasceu com essa doença também mais tenho muita fé em Deus 🙏🏻 que ele tá no controle e nós vamos vencer.nao e fácil mais si todos confiamos em Deus ele dara a vitória 🙏🏻🙏🏻😭😭

  14. Sou epilético de nascença.
    No ano de 2002 fiz cirurgia mas na qual não foi um sucesso.
    Tudo bem que mesmo depois de tudo arrumando trabalho dentro da Telecomunicações como instalador de telefone fixo e internet.
    Depois fui desligado e fui para claro como instalador líder de telefonia móvel.
    Mas não fui eu honesto com o RH e com os médicos do trabalho não coloquei nas fichas.
    Mas por um momento de tempo fui tendo controle de situação e só tenho crise dormindo.
    Realmente eu parado em casa fico deprimido.
    Porém dentro desta trajetória tive um acidente de 6 metros em uma escada lançando fibra óptica.
    O meu auxiliar foi chamado pelo patrão e se esqueceu de mim soltando a corda.
    Saltei da escada e machucou meu calcanhar esquerdo.
    Abri CAT sobre acidente. Bem esclarecido não foi crise epilética.
    O INSS já desde 2000 não está no estatuto para aposentar ou auxílio doença.
    Sou casado tenho três filhos.
    Casado tenho 40 anos.
    Mas se eu parar minha casa para.
    Como profissional tive que superar isso e trabalhar para cuidar da minha família. Eu tive que aprender outras profissões como tratorista, operador de empilhadeira, eletricista,etc.
    E conviver com toda realidade verdadeira.
    Sou epilético mas tive que dominar o fator principal é o emocional,estresse,etc. Meu contato pessoal é 16-99625-1155.
    Não vamos desanimar.
    Eu tive 2 paradas cardíaca e pressão do cérebro 0,25.
    Estou de pé pois isso aconteceu em 2008

  15. Oi, tenho 70 anos e sou hepileptica desde os 30 anos, após um aborto, fiquei desesperada pedindo p salvarem minha bebê, a medica n me deu a atenção e minha bebê durou 2 hs, vim p casa e passei a ter as crise, passei por varios medicos e eles n diziam o q eu tenha, tive meu caçula, mas durante a gravidez n tive crise, qdo ele estava c 3 meses c ele no colo senti q ia ter a crise p n cair por cima dele me joguei de costas, graças a Deus n aconteceu nada c ele, qdo ele estava c 3 anos e ainda mamava tive varias crise uma atras da outra, fui internada, tiveram a me amarrar, dai acertaram o q eu tinha e o medicamento( gardenal e hidantal), mas fiquri boba, parada, sem iniciativa, o medico foi reduzindo o gardenal e disse p eu procurar ter uma vida nornal, procurar ver pessoas me comunicar, n guardar nada, falar. Hoje só tomo o hidantal( fenitoina) tenho crises de ausencia sim, mas são rapidas, procuro me cuidar ao atravessar a rua, pq posso ter a ausencia no meio da rua, mas trabalho, cuido da minha casa, faço supermercado. Estou vivendo, procurando ajudar ao proximo e aos animais isso me faz bem e acima de tudo tenho fé creio em Deus, ele nunca vai nos desamparar.

  16. MEU NOME GUILHERME TENHO EPLEPSIA MAIS SOU CURADO deus 6 ANOS DE IDADE HOJE TENHO 24 ANOS MAIS NÃO CONSIGO EMPREGO PRO PRECONCEITO, JA FUI MAIS DE 100 EMPRESA deus DE 2016 NÃO CONSIGO EMPREGO MAIS EU PASSO NO MEDICO DO TRABALHO SÓ QUE OS DONOS NÃO CONTRATA POR PRECONCEITO ATE ENDICAÇÃO JA TIVE MAIS OS DONO DE EMPRESA RECUSA, NÃO E FALTA DE CURSO TENHO CURSO DE ENGLISH FLUENTE,INFORMATICA, PINTURA DE VIDRO, CURSO CALCULOS MATEMATICO TAÍ MAIS MESMO ASSIM ELES RECUSA, PRECONCEITO!

  17. Meu nome é Flávio Roberto de Deus tenho epilepsia desde os 09 anos de idade, hoje tenho 52 anos, os únicos amigos que tenho são meus familiares pois nunca fui convidado para nada, sempre fui deixado de lado.
    A alguns meses atrás por conta da epilepsia sofri no trabalho descriminação.
    Como todos falaram não é fácil, mais com Deus e Nossa Senhora na frente vamos vivendo um dia após o outro.

  18. Qdo falamos q temos a doença, msm sem ocorrên-
    cia de convulsão, somos demitidos s/ justa causa. Se quisermos ficar e crescer, precisamos ocultar
    ou mentir….

  19. Boa noite, eu sei que o maior preconceito está na familia conforme diz o rapaz acima no comentário 02.06.2023, eu digo tive um acidente de trabalho onde tropecei em uma mureta e bati a cabeça forte em uma máquina e apaguei, portanto depois desse acontecido um ano a frente comecei ater convulsão, digo não gosto de ir em médicos mas foi necessário os primeiros exames não apontavam nada mas é só passar nervoso que me dá dores de cabeça e as vezes acompanha a convulsão uso remédio fernobarbital mas não resolve muito peguei um medico conversei bastante sobre o problema e o mesmo pediu outros exames e na tomografia constatou uma cicatris no cerebro sequela de acidente antigo ele me disse pra deixar do jeito que está e fazer uso de remédio o resto da vida, bom esse médico explicou melhor, e a vida seguiu eu digo as vezes escondo um pouco das pessoas, mas é assim estudei fiz faculdade, mas não usei onde trabalhava ganhava bem fiquei por ali até me aposentar por tempo de trabalho, estudei 4 idiomas onde sou fluente, tenho facilidade em memorizar acontecimentos historicos,datas facilidade em numeros resolver contas somente por cabeça, porem tenho essa doença de convulsão e isso pra mim é um sofrimento e com preconceito é complicado.

  20. Tenho epilepsia desde 21 anos de idade, hj com 45 anos posso afirmar que abandono social total, preconceito, já perdi vários trabalhos por ter crise epletica no local, chamada de drogada, família abandono…mas sigo trabalhando, tendo forças e sorrindo pra vida. Poderia ter um grupo de ajuda para epilepsia no rj…sinto que ajudaria.

  21. Somos muitos e deveríamos estar juntos de alguma forma; todas as histórias que eu li aqui poderiam acontecer comigo e as minhas histórias poderiam acontecer com vcs; tive o nariz quebrado e supercílio rompido em uma crise; numa das minhas crises eu fiquei preso no banheiro em meu trabalho; sou servidor público, se não o fosse seria demitido de todos os lugares por onde passasse;
    Certa vez eu estava indo para o trabalho de carro e tive uma crise, o carro foi para cima do poste e deu perda total.
    Nós enfrentamos vários problemas, preconceitos dentro de nossa família e mais preconceito ainda fora da nossa família;
    É muito difícil manter um círculo de amizade, é muito difícil conseguir emprego, é muito difícil manter um emprego;
    Não temos nenhum direito, não existe nenhuma vantagem para o empregador que nos contrata; Não temos desconto em imposto ou algo que o valha e nunca nos unimos para buscar isso… a mensagem do texto foi clara e eu estou disposto a me unir com vocês; Vamos nos unir se somos 2% da população, deveríamos representar alguma preocupação para as pessoas que fazem as leis nesse país…

  22. Eu tenho 31 anos tenho epilepsia desde os 5 anos já quebrei cabeça levei 6 pontos,já quebrei dente realmente nosso caso é abandono aos ventos ,trabalhei uma vez num laboratório de coletora mais meu remédio sempre foi bem controlado nunca dei uma crise ali depois de 6meses de empresa resolvi jogar limpo e contar que tinha isso bem dita a hora que abri a boca desceram meu cargo de coletora de sangue pra auxiliar de limpeza na época e passou 2 meses me demitiram sem motivo nem nada fiquei muito triste pois nunca passei mal ali e sempre amei oq fazia.

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