Doação de órgãos: Encontro na Unimed Sorocaba celebra encerramento da campanha Diga Sim

No dia 30 de setembro um encontro celebrou o encerramento da campanha anual ‘Diga Sim’, voltada à conscientização da importância de doar órgãos e realizada durante o mês de setembro pela Unimed Sorocaba (SP). O secretário municipal da Saúde, doutor Vinícius Rodrigues, e o transplantado hepático Wagner Dorth participaram do evento.

O superintendente da Unimed Sorocaba, doutor Sergio Rachkorsky, recebeu os participantes. Além do secretário municipal e do transplantado, também compareceram ao encontro a doutora Milene Cristina Devito Guilhem, responsável pelos transplantes renais; os doutores Paulo Goes, titular da Gerência Médica do Hospital Dr. Miguel Soeiro (HMS); Robenilson Souza e Renato Hidalgo, que estão, respectivamente, à frente dos transplantes de medula óssea e fígado; o enfermeiro coordenador do Centro de Transplantes do HMS (Cethus), José Júnior; e Celeste de Fátima Aleixo, esposa do Wagner.

Relato de um transplantado

O transplantado é uma das muitas pessoas que tiveram suas vidas resgatadas graças à consciência de um doador de órgãos. Ele contou que após alguns sintomas indicarem algum problema grave com a sua saúde.

Como Wagner não é cliente da Unimed Sorocaba, inicialmente, passou por consultas pelo sistema público. Ele foi diagnosticado como portador de hemocromatose (doença genética) e depois de várias consultas, informado de que haveria a necessidade de um transplante. Foi então que uma pessoa que o casal conhecia, e que é colaboradora da instituição, contou sobre o programa de transplantes existente no HMS.

A partir daquele momento, a equipe do Cethus e o doutor Hidalgo prestaram toda a assistência necessária. “Nós nos sentimos abraçados por toda a equipe da Unimed Sorocaba”, relembrou Wagner. “O transplante devolveu minha vida.”

O transplante foi realizado no dia 12 de julho. Apenas seis dias depois, ele já recebeu alta hospitalar. “O transplante significava vida. Quando recebemos a confirmação de que havia um órgão compatível, foi uma benção”, afirmou Celeste.

Os transplantes na Unimed Sorocaba

“Mais de 90% dos transplantes são feitos pelo Sistema Único de Saúde (SUS), por meio de parceria com a prefeitura municipal. O modelo é replicado por vários centros pelo país, baseado no nosso sucesso”, ressaltou o doutor Hidalgo. “No caso dos procedimentos de fígado, somos o sexto maior centro de transplantes do estado de São Paulo.”

O doutor Paulo Goes acrescentou: “É um setor no qual podemos colher resultados muito satisfatórios; é muito gratificante. Vejo uma equipe dedicada e pronta para atender o paciente. O SUS é muito bem-vindo, o que nos traz uma grande alegria”.

Para o secretário da Saúde, doutor Vinicius, a parceria é benéfica ao município. “Por características históricas de construção dos serviços de saúde, a cidade de Sorocaba não tem um hospital e equipamentos próprios. Por isso, depende de que os hospitais aceitem absorver a demanda (de transplantes). Temos que agradecer ao HMS por aceitar fazer parte do serviço público de saúde nessa linha.”

“Em 2021, deveremos contabilizar 50 transplantes. A próxima meta será alcançar 100 por ano”, revelou o doutor Robenilson. “Aqui, atendemos pacientes de Sorocaba e Jundiaí. Atualmente, 50% dos transplantes de medula óssea são pelo SUS.” A doutora Milena acrescentou: “O transplante renal foi o último que começou a ser feito no HMS. Seu credenciamento ocorreu em 2017. Já foram 20 procedimentos desde então. E, mesmo com a pandemia da Covid-19, a Unimed Sorocaba conseguiu evitar que eles parassem. Houve uma queda (no número de transplantes) em todo o país, mas nós não paramos.”

De acordo com o doutor Sergio, um dos sete pilares do cooperativismo é a inserção da cooperativa na sociedade. “Um ajuda o outro. É uma obrigação nossa, inclusive. E o programa de transplantes representa exatamente isso.”

Por fim, o doutor Gustavo Ribeiro Neves, presidente do Conselho de Administração da Unimed Sorocaba, fez uma saudação por videoconferência. “O paciente Wagner é um exemplo do sucesso do programa de transplantes. Nossa gestão está comprometida em fazer com que o número destes procedimentos aumente ainda mais. Fizemos alguns incrementos, como na estrutura de profissionais da enfermagem. Nossa ideia é que o programa cresça e tenha mais espaço na região.”

Programa Inovação Satélite teve início

Também no dia 30 de setembro teve início o primeiro treinamento do Programa Inovação Satélite (PIS), com o tema Design Thinking. A atividade foi promovida em regime de imersão pelo Núcleo de Inovação da Unimed Sorocaba e foi realizada, em uma das salas de aula da Fundação Ubaldino do Amaral (Jornal Cruzeiro do Sul). Participaram 26 pessoas, entre cooperados e colaboradores, selecionadas entre as 104 que se inscreveram.

As atividades do PIS prosseguiram nos dias 28 e 29 de outubro (Scrun e Kanban para Times) e 25 e 26 de novembro (Criatividade e Apresentações), no mesmo local. Todo o treinamento é acompanhado e apoiado pela consultoria Innova Thinking, especialista na área e cujos clientes incluem empresas como Itaú, DuPont, Walmart, Claro, Sabesp, Elo, entre outras.

O Programa Inovação Satélite foi criado para capacitar e fomentar a cultura da inovação dentro da Unimed Sorocaba e está inserido no Núcleo de Inovação, o qual se reporta diretamente à Presidência. Operacionalmente, é formado pelo doutor Antonio Francisco Alves Neto; por Renata Arruda, especialista em inovação e que já desempenhou essa função no Hospital das Clínicas; e por Eric Scolastici, analista de inovação e físico médico.

“O Programa Inovação Satélite tem esse nome para que possa ‘gravitar’ em torno do Núcleo de Inovação”, observa o doutor Antonio Francisco. Segundo ele, não há gerentes, coordenadores ou diretores. O treinamento que se iniciou envolve métodos ágeis, com a finalidade de que as propostas vindas dos gestores de cada área da instituição possam mudar a mentalidade da empresa. “A imersão é necessária para que, como um grande time Unimed Sorocaba, possamos fazer as mudanças necessárias e crescer melhores e mais conectados com que há de mais atual no mercado da saúde”, completa.

“O desenvolvimento e fortalecimento da cultura de inovação são a base para conquistar grandes resultados. Por isso, o investimento em treinamentos e capacitação de colaboradores e médicos cooperados é fundamental”, acentua Renata.

Durante todo o treinamento, os squads (grupos multidisciplinares e objetivos específicos), formados por cinco pessoas, desenvolverão projetos baseados em desafios reais que existem na Unimed Sorocaba. Ao fim do programa, em dezembro, as soluções serão apresentadas para um comitê de avaliação, composto por gestores e diretores da instituição.

Redação

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