O cuidado paliativo é um modelo de tratamento voltado para o conforto e bem-estar de um paciente terminal. A equipe médica opta por este modelo quando já não há mais possibilidades de melhora do paciente.
De acordo com a Academia Nacional de Cuidados Paliativos (ANCP), o número de idosos nessas condições, com mais de 80 anos, era de 153 mil em 1950, passou para 4,2 milhões em 2020 e deve alcançar 28,2 milhões em 2.100. Entre os fatores que estão levando a isso, o estudo mostrou ser o envelhecimento mais acelerado no Brasil, comparado ao cenário global.
Contudo, olhando para outra visão, o idoso quando se depara com este momento de sua vida pode sofrer com a angústia de não saber o que está por vir e pelo medo que está sentindo por se ver nessa situação. Por isso, a Tais Fernandes, psicóloga do Grupo Said, empresa de cuidadores de idosos, explica a importância dessa pessoa ser acolhida e passar por um acompanhamento feito por uma equipe multidisciplinar.
Nesse momento, o trabalho do psicólogo é promover uma escuta humanizada, fazer com que o idoso se sinta seguro para vivenciar este momento da forma que ele escolher e com foco na sua qualidade de vida. “É interessante também estar ao lado da família, para poderem falar, caso desejem, sobre a aceitação da doença, seus medos, tristezas e sobre a possível perda de uma pessoa querida”, complementa a profissional.
Por fim, Tais explica que se trata de um momento delicado tanto para quem está vivendo, por saber o que está por vir, quanto para quem está acompanhando, por ter consciência de que passará por uma perda dolorosa. “O ideal é que a família, diante dessa notícia, junto ao idoso, busque uma ajuda profissional para lidar com os fatos e que não ocorra um agravamento do quadro psicológico de nenhum dos envolvidos, prezando sempre pela saúde.
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