Entenda por que auditoria médica interna é o modelo mais indicado para boa gestão hospitalar

No campo da auditoria médica existem três vertentes bastante conhecidas no mercado: auditoria concorrente interna, retrospectiva e prospectiva. A principal diferença entre elas está no tempo em que ocorrem. Enquanto a auditoria retrospectiva busca analisar as contas e documentos de procedimentos realizados no passado, a modalidade de perspectiva está focada nos acontecimentos futuros, planejando as ações. Já a auditoria médica concorrente interna tem o foco voltado para o presente, trabalha com os acontecimentos em tempo real e in loco nas unidades de saúde.

A principal característica desse modelo é a capacidade de análise apurada dos fatos, uma vez que médicos ou enfermeiros auditores realizam visitas de rotina a hospitais e unidades de saúde para a verificação de atendimento aos pacientes internados. Durante as visitas, o profissional pode conversar com a equipe médica a respeito do tratamento que o beneficiário vem recebendo, bem como buscar informações com a família do paciente sobre o atendimento prestado. A auditoria concorrente tem como principal foco melhorar a qualidade dos serviços de forma rápida e humanizada.

Esse modelo torna mais fácil também o acesso e recebimento das informações necessárias para a realização da parte de auditoria de contas médicas, aumentando a eficácia dos processos de cobranças. Além disso, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) recomenda a prática da auditoria concorrente na Normativa 452 como requisito para a acreditação de operadoras de saúde.

Entre os principais benefícios para quem contrata esse serviço está a redução de custos hospitalares, uma vez que o auditor acompanha de perto toda a evolução do paciente. A humanização é outro destaque positivo, dada a proximidade do auditor com equipe médica e beneficiários, o que demonstra qualidade e comprometimento da operadora de saúde em relação à situação. “A auditoria concorrente interna é, e será por muito tempo, a melhor forma de entendermos como vai a organização da unidade hospitalar. In loco, o auditor pode conversar com a junta médica, falar com a família do paciente internado, analisar os protocolos aplicados, verificar a qualidade do atendimento, entre muitas outras coisas. O papel do auditor é assegurar que o tratamento seja aplicado de maneira correta e no tempo estimado”, explica Waldyr Ceciliano, CEO da True Auditoria, empresa especializada em compliance, consultoria e auditoria em saúde.

De acordo com Ceciliano, para obter sucesso em um programa de auditoria concorrente é essencial que haja integração entre as equipes, transparência nas informações, checagem e revisão de processos, otimização do fluxo de trabalho e, principalmente, consistência nos dados e relatórios enviados. Além disso, ferramentas de tecnologia também agregam valor na hora de desempenhar um bom programa de auditoria interna.

Redação

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