Equipe de Cardiologia do Hospital Santa Catarina realiza cirurgias inovadoras minimamente invasivas

Os hospitais têm investido cada vez mais em tecnologia e procedimentos minimamente invasivos, visando trazer mais segurança e qualidade, com uma recuperação mais rápida aos pacientes. Nesse aspecto, umas das especialidades mais beneficiadas é a cardiologia. Segundo levantamento da Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular (SBCCV), são realizadas, por ano no Brasil, aproximadamente 95 mil cirurgias cardíacas. Este número, afetado pela pandemia da Covid-19, está retomando ao normal, com o auxílio de tecnologias que otimizam o trabalho do médico e aceleram a recuperação do paciente no pós-operatório, mesmo em casos mais graves. De acordo com o Ministério da Saúde, mais de 60 mil pacientes tiveram procedimentos de saúde suspensos ou adiados durante a Covid-19.

Com o propósito de garantir um retorno seguro aos hospitais, principalmente em pacientes que não podem ser submetidos a cirurgias tradicionais de tórax aberto, a equipe de cardiologia do Hospital Santa Catarina – Paulista têm optado pela realização de procedimentos cirúrgicos minimamente invasivos, com técnicas inovadoras. Recentemente, três cirurgias realizadas na Instituição se destacaram, devido à complexidade do quadro clínico, idade dos pacientes e técnicas empregadas.

Uma delas consistiu na instalação de dois stents com válvula para corrigir a insuficiência tricúspide de um paciente de 65 anos. Uma operação considerada rara no mundo, com pouco mais de 100 casos. Esses mecanismos visam impedir o retorno do sangue para a cabeça ou corpo.

Para o procedimento, os médicos optaram pela utilização da hemodinâmica, exame que identifica deficiências das válvulas e do músculo cardíaco. E utilizaram o equipamento Azurion, plataforma de terapia guiada por imagem com exibição 3D, que permite com que o médico observe simultaneamente a tomografia, o coração do paciente e a simulação do local onde a válvula será posicionada.

“Esse procedimento é reservado para pacientes de alto risco que já fizeram outras operações ou têm órgãos com problema. Entre os principais benefícios estão a rápida recuperação, em comparação com a cirurgia tradicional, que possibilita alta de 24 a 48 horas, e o fato dela ser minimamente invasiva. Somado a isso, o tempo de operação é menor, trazendo benefícios para o médico e o paciente”, afirma o Dr. Diego Gaia, cirurgião cardiovascular do Hospital Santa Catarina – Paulista.

Cirurgia robótica de grande porte

Também com foco na segurança e recuperação mais rápida do paciente, pela primeira vez, o Hospital Santa Catarina – Paulista realizou uma cirurgia cardíaca de grande porte utilizando o robô Da Vinci Xi, equipamento de última geração composto por quatro braços robóticos. A operação foi realizada em uma paciente de 72 anos com quadro de insuficiência cardíaca, causada por regurgitação tricúspide. A cirurgia consistiu na substituição da válvula responsável pelo controle do fluxo do sangue no coração, por uma prótese.

Segundo o médico, o Da Vinci Xi já é utilizado na Instituição, principalmente pelas especialidades da urologia, gastrenterologia e ginecologia, mas pela primeira vez foi utilizado em uma operação de grande porte para a cardiologia. “O objetivo da cirurgia robótica é reduzir a agressividade e a invasão. Na cirurgia convencional, por exemplo, é necessário abrir a barriga ou tórax do paciente. Com o robô, a mesma cirurgia é feita por meio de pequenos orifícios menores que 1 cm, no tórax, possibilitando a remoção da válvula defeituosa e a implantação da prótese”, explica Dr. Gaia.

Entre os principais ganhos para os pacientes estão o menor tempo de internação, assim como menor risco de sangramento e infecção, cicatriz menor e o retorno precoce às atividades. “A recuperação de um paciente que faz uma troca de válvula por robô costuma variar entre uma semana até 10 dias. Sendo que em uma cirurgia convencional, esse mesmo paciente precisa de 45 a 60 dias para retornar às atividades normais”, compara o cardiologista.

O robô Da Vinci Xi é controlado pelo cirurgião a partir de um console, colocado na sala cirúrgica. Para a operação, foi necessária uma equipe de sete pessoas, todas treinadas fora do Brasil. O Hospital Santa Catarina – Paulista possui uma das duas equipes no país com permissão para realizar procedimentos dessa escala.

Equipe instala MitraClip em paciente com mais de 100 anos

Outro destaque foi a realização de procedimento chamado MitraClip em um paciente com mais de 100 anos. O MitraClip é um dispositivo que corrige o vazamento da válvula mitral, unindo as partes defeituosas da mesma.

Introduzido a partir de um vaso sanguíneo localizado na virilha, o procedimento evita a necessidade de abertura do peito do paciente. Por isso, é indicado para enfermos que não podem passar por cirurgias mais invasivas.

Segundo o cirurgião cardiovascular do Hospital Santa Catarina — Paulista, Dr. José Honório Palma, o procedimento foi o primeiro no país realizado em um paciente com idade tão avançada.

“Por ser minimamente invasivo, o procedimento com o MitraClip tende a diminuir significativamente o período de recuperação dos pacientes, para 48 horas”, completa o Dr. Gaia.

Redação

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