Equipes multidisciplinares atuam pelo bem-estar físico, mental e social de renais crônicos

Pacientes renais crônicos dialisam no mínimo três vezes por semana e recebem todo o suporte necessário nas clínicas

Uma das doenças com maior velocidade de crescimento na população mundial é a renal crônica. Apenas no Brasil, em dez anos, o número de pacientes dobrou, passando de 140 mil pessoas. Aliás, o tratamento renal substitutivo é um dos que mais demanda idas a uma unidade de saúde ao longo da vida do paciente, precisando ir à clínica de hemodiálise pelo menos três vezes por semana. Sem o funcionamento normal dos rins, é a máquina de diálise que filtra o sangue e retira toxinas e líquidos em excesso do organismo, de três a quatro horas por sessão. Há alguns casos até que os pacientes precisam dialisar todos os dias. Por isso que a relação do doente renal com a sua clínica de diálise e os profissionais que os atende é tão profunda. E, aproveitando este Dia Mundial da Saúde, celebrado globalmente em 7 de abril, a Fresenius Medical Care, especialista em produtos e serviços de diálise, aproveita para destacar a importância do trabalho das equipes multidisciplinares para os renais crônicos.

Assistentes sociais, psicólogos, enfermeiros, técnicos, nutricionistas e fisioterapeutas têm um papel tão importante quanto os médicos nefrologistas no atendimento renal. Nas clínicas da Fresenius Medical Care o objetivo é que o paciente viva uma vida que valha a pena, ou seja, com a maior qualidade de vida possível.

“Além da parte médica, temos focado em educação e conscientização sobre o manejo da doença. Cada dia comprovamos mais que o paciente se cuida melhor quando está empoderado, envolvendo-se em processos decisórios sobre o tratamento. Especialmente no contexto de uma doença renal avançada, quando os rins param de funcionar de vez, o entendimento e a participação do paciente no seu tratamento são fundamentais. Nossa equipe multidisciplinar vem sendo desenvolvida para protagonizar cada vez mais frente ao desafio de melhorar a experiência de cada paciente, incluindo envolvê-los com o próprio tratamento. É um baita diferencial”, relata a médica nefrologista Ana Beatriz Barra, diretora médica da Fresenius Medical Care e pesquisadora da doença renal.

Conheça melhor o trabalho realizado por cada equipe:

Assistência Social

A assistência social é a responsável pelo primeiro atendimento, quando numa entrevista social busca-se conhecer a realidade socioeconômica do paciente para levantar demandas e necessidades e fazer encaminhamentos a benefícios que possa ter direito, como previdência, assistência social, transportes e medicamentos gratuitos, isenção de impostos. De acordo com Fátima Gomes, Coordenadora Nacional de Serviço Social da FMC, nos três primeiros o atendimento é continuado para diagnosticar as dificuldades do paciente até que haja entendimento completo sobre todas as orientações, que incluem como tomar a medicação, cuidar da fístula, que é a ponte colocado no braço, por onde a máquina de diálise entra em contato com o sangue do paciente. “É muita informação para absorver. Ao final do trimestre, esperamos que eles se apropriem do tratamento, se empoderem, pratiquem autocuidado e possam conviver bem com o tratamento e ainda possam continuar ou voltar ao mercado de trabalho”.

Nutrição

A equipe de nutrição busca desmistificar que o paciente renal não pode comer quase nada. Segundo Raquel Silva, Coordenadora Nacional de Nutrição da FMC, as restrições são individualizadas e combinadas de acordo com o estado de saúde do paciente. “O sal é um grande inimigo dos rins. Então ensinamos temperos diversificados para que a comida também fique saborosa, passamos receitas e ensinamos modos de preparo que ajudam a eliminar substâncias que não podem ser ingeridas em excesso. Outro trabalho é ajudar a acertar o consumo adequado de líquidos. Hoje, as orientações são mais abertas. O diálogo é bilateral. O paciente interage e expõe necessidades e desejos. Buscamos que o paciente tenha uma vida praticamente normal, mantendo o prazer na alimentação. Primeiro a gente olha o paciente, depois a doença em si”, explica.

Dependendo da fase, a nutrição é primordial. No tratamento conservador, por exemplo, ajuda fazendo com que não haja sobrecarga grande nos rins e preserve a função renal, postergando o avanço da doença crônica, que é a fase dialítica. “Fazendo a alimentação saudável, o paciente vai se sentir melhor, vai ter os exames clínicos adequados, taxas normais, pressão adequada e vai ter menos intercorrência durante a terapia, como menos hipotensão…ele se sente melhor e no longo prazo, isso vai aumentar a sobrevida do paciente. O bem nutrido tem taxa de mortalidade menor. A nutrição errada pode provocar inflamações e até doença cardiovascular, tanto em obesos, como em pessoas com má nutrição.

Psicologia

As equipes de psicologia buscam realizar acolhimento e condições para promover um olhar de continuidade para a vida e uma vida com qualidade. O atendimento é feito junto aos pacientes e familiares, reconhecidos como significativos integrantes na contribuição da saúde do paciente. “Pessoas que podem contar com suporte familiar promovem um olhar e um querer de qualidade para a sua vida. São muitos os desafios, sobretudo a adesão e redefinição de sua vida, com essa responsabilidade, e compromisso com a hemodiálise. Saúde não é ausência de doença, temos que tratar as pessoas amarguradas e entristecidas, ou seja, com a mente afetada também”, relata a psicóloga Débora Guimarães, da Clínica CDR Cascadura, que integra a rede de clínicas da Fresenius.

Enfermagem

A enfermagem exerce um papel fundamental no cuidado com a vida. Na diálise, este papel é de suma importância, visto que é um tratamento de alta complexidade, o qual o paciente depende para sua sobrevivência. A enfermagem atua na linha de frente no tratamento dos renais crônicos, que necessitam de apoio, muita dedicação e de uma equipe técnica altamente qualificada. “A enfermagem está presente no dia a dia destes pacientes, cuidando, proporcionando tratamento de alta qualidade. Fazemos a diferença na vida do paciente, podendo mudar o rumo de sua história, com muita dedicação, cuidado e amor!”, enfatiza a Gerente Nacional de Enfermagem da FME, Regina Alves.

Fisioterapia

As equipes de fisioterapia atuam na prevenção à perda de força muscular, massa óssea e capacidade física e de problemas cardiovasculares. “Com a fisioterapia, conseguimos minimizar os quadros de desconforto e limitações físicas dos pacientes crônicos, melhorando a força muscular, devolvendo a eles a segurança para atividades sociais e, principalmente, ampliando a qualidade de vida. Os tratamentos são determinados de acordo com o perfil individual de cada paciente”, relata a fisioterapeuta Lílian Gobbo, do Centro de Nefrologia e Diálise Fresenius Nove de Julho, no Hospital Nove de Julho, em São Paulo. Segundo a especialista, o trabalho pode incluir também sessões de relaxamento com música.

Redação

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