Escola Brasileira de Medicina recruta e capacita médicos para atuar em telemedicina

Levantamento feito pela Ebramed – Escola Brasileira de Medicina, que recentemente teve após aprovação e autorização do MEC para operar como Universidade em 2023, revelou que, de cada quatro médicos, três não sabem fazer atendimento de pacientes via telemedicina e/ou não se sentem preparados para isso. O estudo, que contou mais de 800 médicos de grandes cidades brasileiras como São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Distrito Federal e Santa Catarina, além de Maranhão e Rio Grande do Sul, e escancara um problema histórico no país: a falta de especialização médica em tecnologia.

“Por meio desse levantamento feito com a nossa base ficou evidente o alto percentual da classe médica que ainda não tinha real experiência e domínio da telemedicina para a prática clínica, e isso realmente nos assustou”, explica o Dr. Leonardo Jorge Cordeiro de Paula, diretor acadêmico da EBRAMED, especialista em Gestão de Saúde e Educação, e atualmente médico clínico pelo Incor – Instituto do Coração.

Graças à regulamentação da telemedicina, é possível ampliar e democratizar o acesso à saúde de qualidade para mais pessoas, além de aumentar a capacidade de atendimento em todo Brasil. E foi em meio à pandemia de Covid-19 que essa necessidade ficou ainda mais latente. Diante dessa constatação, a EBRAMED – que nasceu justamente nesse período de caos na saúde -, começou a pautar as ações e a metodologia de ensino digital guiadas por inovação e tecnologia, como a prática de fomentar a telemedicina. Com isso, aposta e investe em uma plataforma para treinar médicos, além de conectá-los ao mercado e gerar emprego.

Com isso em mente, surgiu o programa de contratação e recrutamento de profissionais médicos para se aprofundarem no assunto. Após treiná-los, a proposta é incentivá-los para a prática primária de atendimento via tecnologia. O projeto, que já está no ar há mais de dois meses, visa atender todo e qualquer médico que tenha CRM ativo e qualidade médica assistencial comprovada, além do desejo de atuar com telemedicina. O cadastramento do profissional de saúde é totalmente gratuito e os médicos ainda recebem acesso livre para os conteúdos desenvolvidos pela universidade corporativa on-line, chamada MD.PLAY – projeto de autoria da Ebramed.

Já as oportunidades de trabalho serão geradas a partir da parceria com a empresa Digital Medicina – Telemedicina 24h, responsável pelos contratos de prestação de serviço, conexão com clínicas, hospitais e ambulatórios, além de ser a detentora do domínio da ferramenta para atendimento. “O objetivo ao realizar essa busca e contratação de profissionais médicos no mercado, é justamente qualificar este corpo clínico para que fiquem aptos a atender de forma completa e passem segurança os pacientes”, afirma Cordeiro de Paula, que também é cardiologista e utilizador do teleatendimento há mais de 10 anos.

Dinâmica do programa

Na prática, o médico se cadastra e, a partir dali, começa a fazer parte de um grupo seleto de médicos vinculados à Escola Brasileira de Medicina. O próximo passo é aguardar oportunidades que serão oferecidas e informadas no decorrer do processo. “Conforme tivermos os projetos, os profissionais serão convidados e alocados naqueles trabalhos que tiverem mais haver com ele”, garante o diretor. Esses médicos também poderão trabalhar de forma presencial, e em empresas parceiras da Ebramed, porém, o objetivo principal, segundo o Dr. Leonardo, é que possam atuar junto ao corpo médico da escola, utilizando a plataforma de telemedicina. “Quanto aos estágios nos Estados Unidos, todos os médicos vinculados a nós terão a possibilidade de se beneficiar do programa de parceria com mais de 200 hospitais nos EUA”, finaliza Cordeiro.

Atualmente, a EBRAMED conta com 120 colaboradores, dos quais 87 são da equipe médica, docentes que atuam em hospitais reconhecidos nacionalmente. Em 2022, estimam crescer o número de contratações em aproximadamente 30%. Com dois anos de operação, já passaram na edtech mais de 3,5 mil médicos nos cursos de extensão e atualmente são 830 alunos nos cursos de pós-graduação, com uma média atual de 300 novas matrículas por mês. Até o final do ano, projetam impactar cerca de 30 mil alunos na pós-graduação, cursos de extensão, cursos rápidos e palestras.

A faixa etária dos profissionais que ingressam na faculdade de Graduação em Medicina é em torno de 18 anos. Já o perfil dos médicos que procuram pela primeira especialização varia entre 25 e 35 anos, sendo 70% composto por profissionais com até quatro anos de formação. Por fim, o percentual de médicos que buscam uma segunda qualificação, é entre 40 e 50 anos.

Segundo pesquisa feita pela organização de informações científicas Medscape, em 2019, médicos especialistas ganham em média 24% a mais que médicos generalistas. De acordo com este levantamento, quem é especializado ganha, em média, R$ 230 mil anualmente, enquanto o médico generalista estaria recebendo algo em torno de R$ 175 mil.

Redação

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