Evento aborda imunoterapia em pacientes com câncer de cabeça e pescoço

De acordo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), a cada ano, são diagnosticados 43 mil novos casos de cânceres que envolvem as regiões da cabeça e pescoço. A situação complexa e agressiva da doença exige investimentos em pesquisas e tratamentos avançados. Uma das alternativas que vem sendo aplicada é a imunoterapia. No estudo KEYNOTE-048, publicado na revista The Lancet, em 2019, foi demonstrado que o uso da imunoterapia em pacientes com cânceres recidivados ou metastáticos de cabeça e pescoço levou a um ganho de sobrevida significativo.

A imunoterapia deixa o sistema imunológico ativo para ir até as células tumorais, combatê-las de forma relativamente seletiva e com menos efeitos adversos. “Esse tipo de tratamento com inibidores de checkpoint libera os freios dos nossos linfócitos, que, por sua vez, poderão destruir as células tumorais”, explica o chefe de Serviço de Oncologia do Hospital Moinhos de Vento, de Porto Alegre (RS), Sérgio Roithmann. Ele destaca que esse é o maior avanço no tratamento do câncer na última década. O oncologista acrescenta que, em se tratando de câncer de cabeça e pescoço, a cura se dá por meio de cirurgia, radioterapia e quimioterapia. “Em alguns casos, a doença se apresenta de forma mais avançada, e em outros, retorna. São nesses eventos que a imunoterapia faz a diferença e é recomendada”, salienta Roithmann.

Nesta terça-feira (19), o Hospital Moinhos de Vento tratará do assunto no ciclo de eventos científicos “Avanços em Pesquisa Clínica em Oncologia”. O debate, que revisará o papel da imunoterapia, pacientes que mais se beneficiam e em quais situações devem ser utilizadas, tem como palestrantes o oncologista clínico do ICESP Felipe Roitberg e a oncologista do Hospital Moinhos Fernanda Casarotto. A mediação será de Sérgio Roithmann.

A palestra online começa às 19h e tem como público-alvo especialidades que tratam o câncer de cabeça e pescoço, incluindo oncologistas clínicos, radioterapeutas, cirurgiões de cabeça e pescoço e interessados na área. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas no site do hospital.

Redação

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