Em junho, um time de 29 médicos e profissionais de enfermagem da ONG Zoé parte de São Paulo rumo ao Pará para levar atendimento especializado de saúde a populações ribeirinhas do rio Mamuru e da região do município de Belterra, ambos na região oeste do estado. “Serão duas expedições, a 17ª e a 18ª, realizadas quase que concomitantemente, uma no barco hospital Papa Francisco, de 7 a 14 de junho, e a outra no Hospital Municipal de Belterra, de 10 a 14 de junho”, informa Marcelo Averbach, membro fundador e diretor de expedições da ONG Zoé. A estimativa é realizar nas duas expedições cerca de 500 atendimentos, entre consultas, cirurgias e exames de imagem.
Parceria amplia atuação da Zoé no Pará
A 17ª expedição marca a expansão da atuação da Zoé em termos geográficos e de número de comunidades atendidas. “As 16 expedições anteriores foram realizadas no Hospital Municipal de Belterra ou ao longo do rio Tapajós, a bordo do barco hospital Abaré, da Universidade Federal do Pará (Ufopa)”, diz Averbach. A 17ª expedição, por sua vez, acontece por meio da parceria com a entidade filantrópica Fraternidade São Francisco de Assis na Providência de Deus, responsável pela gestão do barco hospital Papa Francisco na Providência de Deus, que desde setembro de 2019 atende cerca de mil comunidades ribeirinhas na região amazônica.
Desta vez, a ação da Fraternidade São Francisco de Assis na Providência de Deus conta com seis médicos da Zoé, das especialidades de pediatria, ginecologia, clínica geral, radiologia e infectologia. Os médicos da ONG Zoé somarão esforços aos de outros voluntários a bordo do Papa Francisco para atender pacientes de 14 comunidades do rio Mamuru: Monte Carmelo, Mirizal, Jaratuba, Guaranatuba, Samauma, Fartura, Nossa Senhora de Lourdes (Paca), Nossa Senhora de Aparecida (Forca), Sabina, Betel, Boa vista da Sabina, Jardim do Senhor, São João Batista do Aruá e Mocambo. “Nossa intenção é estreitar cada vez mais a parceria com a Fraternidade São Francisco de Assis na Providência de Deus e contribuir para fortalecer o trabalho que vem sendo realizado por essa instituição filantrópica cujo propósito se alinha ao de nossa ONG de levar saúde às populações remotas da Amazônia”, ressalta Averbach.
Cirurgias laparoscópicas e exames de imagem em Belterra
A ação no Hospital Municipal de Belterra acontece de 10 a 14 de junho, com 23 profissionais de saúde voluntários da Zoé: quatro cirurgiões, dois dermatologistas, cinco anestesistas, dois endoscopistas, um radiologista, três profissionais da área de enfermagem, três médicos residentes e três acadêmicos de medicina. No primeiro dia da expedição serão preparados o centro cirúrgico e o centro de endoscopia e feita a triagem dos pacientes. Nos dias subsequentes, conforme encaminhamento, serão realizadas cirurgias para correção de hérnia e cirurgias laparoscópicas de vesícula; dermatologia clínica e cirúrgica; exames de ultrassom, endoscopias e colonoscopias.
Além da linha de frente, doadores fazem a diferença
“Cirurgias e exames como os que levamos em nossas expedições estão disponíveis no Sistema Único de Saúde, mas a demanda na região é maior que a oferta, a depender do caso, com filas de espera de meses ou anos. Além disso, o paciente precisa se deslocar para um hospital público, em Santarém, o que exige recursos para transporte e dependendo da região de origem do paciente, muitas horas de viagem fluvial e terrestre, além da permanência na cidade, dificultando ainda mais o acesso à saúde das comunidades carentes”, explica.
Nesse contexto, Averbach destaca a importância da contribuição dos doadores de recursos financeiros, equipamentos e insumos para viabilizar o trabalho dos médicos da Zoé no atendimento à população da região. Nesta expedição, por exemplo, a Zoé contou com importantes doações de recursos financeiros de pessoas físicas e jurídicas, bem como doações de insumos e medicamentos e empréstimos de equipamentos médicos. Interessados em realizar doações para a Zoé, encontram todas as informações no site: ongzoe.org.br
