Falta de sintomas e adiamento de exames dificulta diagnóstico precoce dos cânceres ginecológicos

Segundo informações do Instituto Nacional do Câncer (INCA), mais de 30 mil mulheres sofrem com algum tipo de câncer ginecológico a cada ano. A campanha Setembro em Flor, criada pelo Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos – EVA, chama a atenção sobre a importância do diagnóstico precoce e a necessidade de acompanhamento médico.

“Alguns cânceres ginecológicos, como o de colo de útero, são passíveis de prevenção e de curabilidade, por isso é preciso investir na disseminação do tema e alertar as mulheres sobre a necessidade de manter os exames preventivos em dia”, orienta a Dra. Andréa Paiva Gadêlha Guimarães , oncologista clínica do A.C.Camargo Cancer Center.

Em virtude dos cânceres de colo de útero em sua fase inicial não apresentarem sintomas, a consulta regular ao ginecologista e manutenção dos exames preventivos em dia, podem evitar diagnósticos tardios e aumentar as chances de tratamento mais efetivo e curabilidade.

Para a especialista, a importância da vacinação contra HPV na infância e adolescência antes do início da atividade sexual, uso do preservativo para o sexo seguro, exames regulares de rastreamento para prevenção do câncer de colo de útero como o exame do Papanicolaou e/ou teste para DNA do HPV de alto risco e tratamento das lesões precursoras, são estratégias importantes para controle do câncer de colo de útero.

As infecções oncogênicas pelo HPV estão associadas a praticamente todos os casos de câncer de colo do útero, assim como com 95% de câncer anal, 73% de orofaringe, 65% de vagina e 50% de vulva.

Atualmente o Ministério da Saúde, por meio do SUS, disponibiliza de forma gratuita, a vacina quadrivalente contra o HPV para meninas de 9 a 14 anos e meninos de 11 a 14 anos, nestes com duas doses com intervalo de seis meses, e ainda para um grupo especial: mulheres e homens com imunossupressão (diminuição de resposta imunológica), vivendo com HIV/Aids, transplantadas de tumores sólidos ou hematológicos e pacientes oncológicas de 9 a 45 anos, onde é indicada três doses, zero, dois e seis meses. A vacina quadrivalente protege contra os seguintes tipos de HPV: 6 e 11 (relacionados as verrugas genitais ), 16 e 18 (oncogênicos, ou relacionados a desenvolvimento de câncer) .

Importante lembrarmos também, do sangramento vaginal anormal, aquele que ocorre após relação sexual, entre os ciclos menstruais e principalmente na pós menopausa, estes chamam atenção para necessidade de avaliação médica, podem ter causas diversas e dentre elas a possibilidade de uma neoplasia como de colo útero, endométrio , vagina.

Estarmos alerta a nosso histórico médico familiar, também é uma das formas de cuidado. O câncer de ovário é doença que pode estar associado a história familiar de câncer de mama ou ovário hereditária, não apresenta um forma eficaz de prevenção e geralmente se apresenta de forma silenciosa e com alta mortalidade. Assim, na presença e persistência de sintoma inespecíficos como sensação de digestão incompleta, aumento de volume abdominal, desconforto pélvico ou alterações urinárias e intestinais, procure assistência médica.

Por setembro ser o mês dedicado aos tumores ginecológicos, confira um infográfico que dá um panorama sobre os cinco principais cânceres do sistema reprodutor feminino: colo do útero, corpo do útero (endométrio e sarcoma uterino), ovário, vagina e vulva.

Redação

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