Fisioterapia contribui para recuperação de pacientes dependentes de oxigênio

Laila Abbas, fisioterapeuta da Internação Domiciliar, durante atendimento

Responsável por aumentar ou manter a saturação de oxigênio em um patamar saudável para o corpo humano, o tratamento de oxigenoterapia é usado para tratar doenças cardiovasculares e pulmonares, sendo fundamental na recuperação de pacientes diagnosticados com a Covid-19. O recurso é uma das principais necessidades dos pacientes em acompanhamento pelo programa de Internação Domiciliar (ID) do Hospital de Caridade São Vicente de Paulo (HSV), de Jundiaí (SP).

A gerente assistencial, Grace Campos, conta que no mês de abril, o trabalho incansável e intenso da equipe de fisioterapia do serviço contribuiu com a melhora clínica de 47% dos pacientes em uso de oxigênio comparado o primeiro mês do ano. “A ação impactou expressivamente a liberação de cilindros para outros pacientes, aumentando assim a capacidade de atendimentos do serviço, além de gerar uma economia de R$ 18.450,00 à instituição”.

O coordenador da equipe de fisioterapia do HSV, Daniel Gimenez, explica que o processo de ‘desmame’, como é chamado pelos profissionais, tem início ainda dentro do hospital. “É gradativo. Nós avaliamos como esse organismo se acostuma com a dose cada vez menor de oxigênio. Independente disso, se o paciente estiver fazendo a antibioticoterapia e fisioterapia respiratória, ele continuará com o tratamento, pois um não interfere no outro, pelo contrário, ajuda no processo de desmame, pois quando essa pessoa estiver curada da doença que o acometeu, a tendência é que esse organismo se recupere melhor, diminuindo assim o grau de dependência para o oxigênio”, conta o fisioterapeuta.

Após a saída da unidade hospitalar, se o paciente estiver com condições clínicas de alta mas ainda assim precisar do recurso, o mesmo é inserido no programa de ID. A equipe de fisioterapia realiza a visita ao paciente e o instrui, assim como os familiares, que a utilização do oxigênio deve ser apenas em algumas situações, onde o usuário apresente maior dependência, como por exemplo, subir e descer escadas, ir ao banheiro, tomar banho, entre outras situações que estimulam o cansaço. Depois de concluir todo o processo, o paciente fica sem a dependência do recurso, que é retirado por completo.

“O impacto das nossas ações, multidisciplinares inclusive, é muito grande. Nosso trabalho auxilia na qualidade de vida daquele paciente, proporciona à ele uma condição de saúde melhor, pois é muito desagradável ficar preso a um cilindro. É gratificante presenciar a melhora da patologia que levou ele a internação, perceber essa evolução clínica favorável, além de permitir que outro paciente que necessita do recurso possa ter acesso de forma ágil e eficiente”, finaliza Daniel.

Redação

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