Hemodiálise: apenas 7% dos municípios têm clínica, para mais de 140 mil pacientes

Segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), a doença renal crônica atinge um a cada dez adultos e, quando os rins não conseguem mais realizar sua função como antes, terapia renal substitutiva, podendo ser a hemodiálise, é necessária. De acordo com dados da SBN e de outras entidades da área de saúde, atualmente, cerca de 144 mil pacientes fazem esse tipo de tratamento no País, sendo 85 mil atendidos no Sistema Único de Saúde (SUS), seja diretamente ou por meio de clínicas privadas que prestam serviço ao sistema. Apesar do alto número, apenas 7% dos municípios brasileiros têm clínicas de diálise, conforme último levantamento da Anahp (Associação Nacional de Hospitais Privados), de novembro de 2018.

Na capital paulista, para atender com humanização, segurança e conforto à essa demanda de diálise que cresce anualmente – mais de 20 mil pacientes entram nesse processo todos os anos -, o Hospital Japonês Santa Cruz reformou e modernizou suas instalações, para garantir atendimento com ainda mais qualidade aos pacientes.

O Centro Hemodiálise Santa Cruz dispõe de 34 equipamentos para realizar o processo, via SUS e planos de saúde.

Ainda para atender aos pacientes de convênios particulares, o hospital possui outros sete equipamentos que realizam hemodiafiltração (HDF). Diferente da hemodiálise convencional, a HDF remove com mais eficiência as toxinas urêmicas, como o fósforo, além de reduzir a sobrecarga cardíaca. “Um grande diferencial da HDF para os pacientes é preservar a função cardíaca. Ao final da sessão de hemodiálise por HDF, os pacientes se sentem consideravelmente menos cansados do que realizando a hemodiálise convencional e isso é um enorme ganho na qualidade de vida deles”, ressalta o presidente do Hospital Japonês Santa Cruz, Mario Sato. “Esse é um tratamento que salva vidas e todo o trabalho do nosso hospital foca diariamente na experiência do paciente e dos profissionais de saúde, no acolhimento, respeito e no cuidado de todos os usuários dos serviços, públicos e privados, com excelência, humanização e gestão”, conclui Sato.

Covid-19 e diálise

A pandemia da Covid-19 fez com que a demanda por diálise aumentasse. Dos pacientes da doença, aqueles internados em UTI com quadros mais graves, um em cada cinco necessita do tratamento, uma vez que, depois dos pulmões, os rins são os órgãos mais frequentemente afetados na infecção pelo Coronavírus. Em pacientes sob ventilação mecânica, cerca de 20% a 50% precisam de diálise e muitos continuam necessitando desse procedimento mesmo após a alta hospitalar.

“Além dos pacientes crônicos, agora nos deparamos com pessoas que, após terem a Covid-19, manifestam perda de função renal. Então, mais do que nunca, o serviço de diálise precisa ofertar a melhor estrutura para atender à mais esse grupo que chega”, salienta o presidente do Hospital Japonês Santa Cruz.

Procedimento

Na hemodiálise, uma máquina filtra e limpa o sangue, realizando a função do rim que não funciona mais. O processo retira do corpo os resíduos prejudiciais à saúde, como o excesso de sal e de líquidos. Além disso, controla a pressão arterial e ajuda o organismo a manter o equilíbrio de substâncias como sódio, potássio, ureia e creatinina.

O tratamento de hemodiálise ou terapia renal substitutiva traz, em inúmeras vezes, uma melhora significativa nos sintomas que o paciente poderia apresentar, como falta de apetite, indisposição, cansaço, náuseas, entre outros.

Ao longo das sessões, serão reduzidas as restrições dietéticas que o paciente fazia antes de começar a fazer hemodiálise e, em geral, o tratamento proporciona uma melhora na qualidade de vida.

Redação

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