Hospitais do Tocantins enfrentam dificuldades para contratação de pediatras

Uma realidade nacional que tem causado angústia em pais e mães: a dificuldade em conseguir atendimento para os filhos pequenos. Com o aumento de casos de doenças respiratórias e sazonais, unidades de saúde e hospitais têm apresentado uma alta demanda pediátrica e ligado o alerta para a falta de médicos pediatras.

No Tocantins, a situação se repete. E passa por agravantes, já que dados da SBP – Sociedade Brasileira de Pediatria revelam que existe uma má distribuição dos pediatras no Brasil.

Pelos números, mais da metade dos pediatras (55%) está instalado na Região Sudeste. Bem distante, vem o Nordeste (16,2%); mesmo percentual no Sul; 8,6% no Centro-Oeste e apenas 4% no Norte.

Esta desigualdade tem prejudicado o atendimento no HMA – Hospital Municipal Dr. Eduardo Medrado – HMA e no PAI – Pronto Atendimento Infantil, que vem apresentando dificuldade em contratar médicos com tal especialidade. A pediatria exige um atendimento especializado, constante, consultas mais demoradas e trabalho junto aos pais.

Números

Inaugurado em 15 de março, somente durante os primeiros 45 dias de funcionamento, o PAI realizou 5.632 atendimentos. Em média, foram admitidos cerca de 120 pacientes por dia na unidade.

Quanto às internações no HMA, em comparação com a média mensal do ano de 2021, o primeiro trimestre de 2022 já superou em mais de 40%.

De acordo com o superintendente técnico do ISAC – Instituto Saúde e Cidadania, que gerencia as unidades no Tocantins, o médico José Maria Filho, a implantação dos novos equipamentos de assistência pediátrica pela gestão municipal de Araguaína para ampliação do acesso ao acolhimento infantil requer um esforço ainda maior para manter o quadro médico consistido nas unidades.

“Mesmo com a proposta de oferecer um valor de plantão melhor dos que os praticados no mercado local, ainda assim encontramos dificuldade de atrair novos profissionais em Pediatria. Hoje, tem sido um desafio fechar os plantões. Mas o problema não parece ser exclusivo no Tocantins, o cenário preocupante da falta de médicos com esta especialidade vem aumentando em todo o país”, ressalta José Maria Filho.

Redação

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