Hospital Badim, do Rio de Janeiro (RJ), implanta terapia de diálise contínua

O serviço de nefrologia do Hospital Badim, no Rio de Janeiro (RJ), deu um passo importante na modernização no tratamento de pacientes graves em unidades de terapia intensiva (UTI). A novidade está na utilização de um dos mais avançados equipamentos do mercado para a realização de diálise contínua, indicada para o quadro de insuficiência renal aguda e falência de órgãos. A aparelhagem possibilita a hemodiafiltração contínua venovenosa, ou seja, realiza de forma integral, e em uma única sessão, a difusão, a convecção e a ultrafiltração. O procedimento é realizado gradualmente no período das 24 horas. Além disso, o novo método faz uso de anticoagulação regional somente enquanto o sangue do paciente está no circuito da máquina, o que reverte em maior segurança.

No Badim, o equipamento da empresa norte-americana Baxter – adotado com sucesso em unidades de saúde dos EUA e na Europa – foi utilizado pela primeira vez no dia 12 de maio. Para manusear a aparelhagem, as equipes médicas e de enfermagem precisaram passar por um treinamento com técnicos da representante da marca no país. “Neste momento, temos um paciente do CTI em diálise no novo equipamento, fazendo o que chamamos de CVVHDF, que é a hemodiafiltração venovenosa contínua. Ele tem idade acima de 80 anos e o quadro clínico já apresentou melhoras desde a primeira sessão”, destaca o nefrologista do hospital, Bruno Zawadzki.

Segundo o especialista, o procedimento é indicado para pacientes em estado grave, apresentando choque séptico, insuficiência renal, distúrbio cardiovascular e que já estão dependentes de doses elevadas de medicamentos vasopressores. No entanto, deve ser feita uma avaliação das condições clínicas de cada paciente, para melhor adequação do tratamento. “Os benefícios desse procedimento são importantes para salvar a vida do paciente, assim como a recuperação da função renal é bem mais acelerada. Além disso, esse aparelho não necessita da utilização de água, dispensando assim uma logística complexa e ainda reduzindo riscos de infecção e melhor absorção dos medicamentos”, enumera o médico.

Redação

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