Hospital Di Camp passa por grande expansão

Campo Grande é considerado o bairro mais denso e um dos mais populosos do Rio de Janeiro. E mesmo com tantas pessoas residindo no bairro, a oferta por hospitais de alto padrão na região ainda é escassa. De olho nesse cenário, o Hospital Di Camp se prepara para levar à região serviços e infraestrutura de ponta, reformulando totalmente a sua unidade com uma grande expansão e reestruturação, que vai do térreo do seu edifício até o solarium.

A expansão do hospital é assinada pelo escritório da ARTO Arquitetura, especializado em projetos hospitalares, pautados por um trabalho de excelência que busca integrar elos entre o sensível, o humano e todas as complexidades técnicas e normativas que uma instituição de saúde precisa. Com as melhorias previstas, o hospital vai oferecer um aumento no número de leitos, de 35 para 100, e já conta com um crescimento de 30% nas internações mensais, devido aos ambientes mais modernos, convidativos e humanizados.

À frente de toda essa reestruturação está a arquiteta, urbanista e professora da PUC-Rio, Moema Loures, doutora pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, com doutorado sanduiche pela École Nationale Supérieure de Paris, na França. Coordenadora do novo curso de “Arquitetura para Saúde” da PUC-Rio, Moema afirma que o principal objetivo do projeto é permitir que o hospital cresça de forma flexível e que no futuro novos conceitos e tecnologias possam ser adicionados.

“O Hospital Di Camp está localizado em um bairro de baixa densidade construída, onde predominam casas residenciais e familiares. O projeto reconhece essa escala e busca fazer uma transição entre a rua e o hospital, trabalhando na escala do pedestre, de forma que o Hospital não se isole da sociedade e seja associado à doença e sim à prevenção e saúde. O principal conceito de intervenção foi preservar a memória do Hospital deixando claro as transformações sofridas no edifício ao longo dos anos através de elementos independentes na fachada. Buscamos entender o projeto como um processo em constante evolução, assim, além de ressaltar a história do Hospital, projetamos também o seu futuro.”, explica a sócia da ARTO Arquitetura.

Para que o hospital continuasse em funcionamento durante as obras, a equipe de expansão optou por modulações em estrutura metálica, lajes em steel-deck e paredes de drywall, que garantem flexibilidade espacial, rápida montagem e pouca produção de resíduos. Além disso, essa estrutura flexível também facilita futuras expansões no edifício. “Quanto mais aproveitamos a mecanização, ou seja, optamos por elementos pré-montados e de fácil instalação, menos atrapalhamos a rotina do hospital e garantimos a sustentabilidade do edifício a longo prazo”, explica Moema Loures.

Ainda segundo a responsável pela expansão do Hospital Di Camp, a arquitetura pode ser o gatilho para gerar esperança de vida. Em um ambiente de recuperação, o espaço pode ajudar a melhorar o sono e reduzir a ansiedade, assim podemos projetar um espaço que contribua, de fato, com a experiência de todos os usuários daquele ambiente. “Nossos espaços são leves, livres e abertos à imaginação. Trabalhamos com muito rigor e afeto na construção de um mundo melhor. Mergulhamos a fundo no dia a dia da equipe médica, dos pacientes e de toda a logística necessária para que aquele hospital funcione. E é exatamente isso que estamos fazendo aqui na Zona Oeste do Rio de Janeiro”, afirma.

Redação

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