Hospital e Pronto-Socorro Delphina Aziz inicia cirurgias eletivas

O governador Wilson Lima acompanhou, nesta segunda-feira (15), o início das cirurgias eletivas no Hospital e Pronto-Socorro da Zona Norte (Delphina Aziz), em Manaus (AM), dando início  a primeira etapa de implantação da unidade, sob a nova gestão do Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH). O contrato com a Organização Social de Saúde (OSS) iniciou no último dia 1º de abril e a meta do governo é colocar o HPS para funcionar plenamente. Em janeiro, quando o atual governo assumiu, o índice de ocupação da unidade era de apenas 32%.

A primeira fase inicia com a realização de cirurgias de hérnia, vesícula e a oferta de procedimentos para ostomizados. Amanhã serão duas hernioplastias e três colecistectomias. Já os ostomizados em fila de espera começam o atendimento ambulatorial para análise de risco cirúrgico e agendamento. Na primeira etapa, serão realizadas, em média, de 150 a 180 cirurgias eletivas/mês, considerando cinco a seis por dia.

O secretário de Saúde, Rodrigo Tobias, esclarece não se tratar de mutirões. “Estamos iniciando uma etapa de oferta de serviços contínuos, que serão ampliados em fases, conforme planejamento e disponibilidade orçamentária, até a implantação de todos os serviços previstos”.

O contrato assinado pelo Governo do Amazonas e INDSH é para a gestão de saúde do Complexo da Zona Norte, que inclui também a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Campos Sales. No final das fases de implantação, todos os 312 leitos do hospital – dos quais 50 de UTI e 11 salas cirúrgicas – estarão implantados e funcionando integrados com os serviços da UPA.

A Secretaria de Estado de Saúde (Susam) estima uma economia de R$ 2,1 milhões já na primeira etapa de implantação dos novos serviços. O estudo de economicidade levou em consideração os R$ 10,5 milhões que vinham sendo aplicados pela secretaria para gerir o hospital nos últimos meses, comparados aos R$ 8,4 milhões previstos no primeiro mês de contrato com INDSH, sem levar em consideração o aumento na oferta de serviços.

O valor atual cobre todos os serviços previstos, inclusive as cirurgias eletivas que não eram realizadas no HPS da Zona Norte; 84 leitos de clínica médica; aumento, de 25 para 50, nos leitos de UTI e, de uma para duas a quantidade salas cirúrgicas; além da gestão de todos os serviços da UPA Campo Sales.

Medicamentos, materiais e insumos e a mão-de-obra empregada nas duas unidades também são de responsabilidade da OSS. Os servidores que atuam nas duas unidades estão sendo realocados em outros serviços da rede.

Impacto na rede 

O governo pretende transformar o HPS Zona Norte em um grande hospital especializado em cirurgias gerais, transplantes e até implante coclear, além de atendimento ambulatorial (consultas e exames), para reduzir o tempo de espera de quem está na fila do Sistema de Regulação (Sisreg).

A entrada em operação do Complexo da Zona Norte tem grande impacto na rede de atenção de média e alta complexidade, consequentemente, na melhoria e aumento da oferta dos serviços. A ideia é diminuir a pressão sobre os prontos-socorros e devolver a identidade dos hospitais, que voltam a ser referência em suas especialidades. A unidade oferecerá leitos retaguarda de internação, clínicos e de UTI, aos prontos-socorros quando estes estiverem com superlotação, reduzindo gastos com hospitais privados. No caso dos transplantes, vai reduzir os custos com Tratamento Fora de Domicílio (TFD).

Saiba mais

Primeira experiência de Parceria Público-Privada (PPP) do Amazonas, o HPS Zona Norte foi inaugurado em 27 de junho de 2014 apenas com o pronto-socorro adulto e infantil em funcionamento. Em 2017, foi inaugurado o Centro de Diagnósticos. O HPS já foi administrado pelo Imed e pela própria Susam. Agora, o INDSH passa a gerir toda a assistência hospitalar da unidade, incluindo os recursos humanos .

Redação

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