Hospital Esperança Recife realiza seminário sobre Doença do Refluxo Gastroesofásico em Crianças

O Hospital Esperança Recife (PE) promove, no dia 18 de agosto, o 1º Seminário sobre Atualização em Doença do Refluxo Gastroesofásico em Crianças (DGRE), coordenado pela equipe da UTI Pediátrica e a clínica associada Pedcare. O objetivo é apresentar novos tratamentos da doença para a equipe multidisciplinar da unidade, como médicos pediatras, enfermeiras, fisioterapeutas, nutricionistas, entre outros. O encontro é gratuito e será realizado de forma online, a partir das 20h.

O tema será apresentado pela gastroenterologista pediátrica Carolina Toscano, que abordará as questões clínicas da doença. Em seguida, o cirurgião pediátrico Niedson Cavalcante irá apresentar as formas de tratamento cirúrgicas, especialmente a cirurgia robótica, que apresenta melhores resultados como recuperação mais rápida e maior precisão dos movimentos do cirurgião através do braço robótico. A mediação será feita pela gastroenterologista pediátrica Kátia Brant. O link de acesso é us02web.zoom.us/j/82113322634.

“A medicina evolui de forma muito rápida atualmente e precisamos nos manter atualizados para a tomada da melhor decisão clínica disponível baseada em evidências no que se refere ao diagnóstico e ao tratamento do DRGE. Como existe uma nova modalidade de tratamento cirúrgico que é minimamente invasiva para a DRGE é importante que esse conhecimento seja divulgado para os profissionais de saúde. O Hospital Esperança Recife já dispõe de profissionais capacitados e dessa nova tecnologia para o tratamento cirúrgico da DRGE. Vamos fazer uma atualização sobre DRGE com experts no assunto”, afirma a coordenadora médica da UTI Pediátrica do Hospital Esperança Recife, Thaysa Menezes.

O refluxo gastroesofágico é a volta do conteúdo do estômago para o esôfago, quando a região que tem como função controlar esse retorno se abre involuntariamente. A maioria dos casos em crianças ocorre com mais frequência até os seis de vida, as chamadas ‘golfadas’, que ocorrem por conta da imaturidade nos principais mecanismos anti-regurgitação e também se associa ao fato de ficar na posição mais deitada após as refeições.

O problema passa a ser considerado doença quando começa a atrapalhar o desenvolvimento ou quando há uma piora na qualidade de vida da criança. Os principais sintomas são perda de peso ou dificuldade para ganho de peso, choro, irritabilidade, recusa alimentar, anemia e vômitos com sangue. Esses fatores ocorrem devido à formação de lesões provocadas pelo ácido presente no estômago, que retorna ao esôfago, provocando uma inflamação. Quando esse conteúdo ácido retorna até a garganta ou a região de entrada do ar para respiração, a criança pode desenvolver uma pneumonia de aspiração.

“É importante os pais ficarem atentos quando as crianças se sintam mais desconfortáveis, chorando mais que o usual, principalmente após as refeições, ou esteja ganhando menos peso que o esperado. Esses sinais devem ser relatados ao pediatra, que irá avaliar e fazer o encaminhamento a um especialista”, acrescenta a pediatra Thaysa Menezes. O tratamento pode ser feito com mediações que aliviam as dores e a inflamação. Porém, os casos mais graves podem necessitar de cirurgia.

Entre o grupo de crianças que apresentam maiores riscos de desenvolverem a doença do refluxo, estão aquelas com problemas neurológicos, prematuros, obesos, portadores de doenças pulmonares, como a fibrose cística ou displasia broncopulmonar e as que apresentam ou tiveram malformações congênitas do sistema digestório (hérnia hiatal, hérnia diafragmática, atresia esofágica, fistula traqueoesofágica).

Redação

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