Hospital Estadual Materno-Infantil zera fila de espera por atendimento a crianças cardiopatas da rede estadual com mutirão

O Hospital Estadual Materno-Infantil Dr. Jurandir do Nascimento (HMI), de Goiânia (GO), por meio de sua equipe de cardiopediatras e profissionais especialistas convidados, realizou na terça-feira (12), um mutirão de atendimentos a crianças de zero a cinco anos com suspeita de cardiopatia congênita, resultando no fim da fila de espera por consultas de cardiologia de pacientes dessa idade oriundos da Central de Regulação Estadual. Ao longo do dia também foram realizados exames de ecocardiogramas e atendimentos também a mulheres entre a 24ª e 28ª semana de gestação com suspeita dessas anormalidades congênitas. No total foram realizados 115 atendimentos. A ação fez parte do movimento “Pulsa Brasil”, que ocorreu simultaneamente em várias unidades de saúde do país, organizada pela Sociedade Brasileira de Cardiologia Pediátrica (SBCP), em comemoração ao Dia Nacional da Conscientização da Cardiopatia Congênita.

O secretário de Estado da Saúde de Goiás, Leonardo Vilela, visitou o mutirão para demonstrar o apoio da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) à iniciativa do hospital. “Nos sentimos muito felizes em ver os diagnósticos sendo feitos e os tratamentos sendo encaminhados de forma correta. Eu fiz questão de vir aqui, pessoalmente, para ver o atendimento oferecido e dizer que vamos dar todo o apoio dentro do que estiver ao nosso alcance para beneficiar o atendimento cardiológico pediátrico em Goiás”, garantiu. Leonardo foi recepcionado pelo diretor geral da unidade, Márcio Gramosa; pela diretora técnica do HMI, Sara Gardênia; pela cardiopediatra e organizadora do evento, Mirna de Sousa; e pela gerente de Enfermagem, Luzia Berigo.

Ao todo, foram realizadas 59 consultas ambulatoriais e 56 exames de ecocardiografia. Segundo a diretora técnica, a ação ainda permitiu descobrir, em tempo hábil, a gravidade da doença de dois pacientes, que precisaram ser encaminhados ao Pronto Socorro de Pediatria (PSP). “Dentre os vários atendimentos prestados, dois nos chamaram a atenção. O primeiro, de um paciente que precisava de um procedimento de cateterismo e outro que precisava com urgência de uma cirurgia de Blalock-Taussig, em que é preciso abrir a comunicação entre as circulações sanguíneas sistêmica e pulmonar, para a criança viver com tranquilidade”, destacou Sara Gardênia.

Segundo a cardiopediatra Mirna, o objetivo da ação foi reunir esforços entre os cardiopediatras de Goiás para mostrar a necessidade de tornar real serviços regulares de ambulatório em Cardiopediatria e Ecocardiografia Fetal. “Precisamos alertar a todos sobre a importância de haver mais serviços referentes nessas áreas para que haja um diagnóstico e tratamento rápido para esses pacientes, garantindo, assim, qualidade de vida”, enfatizou. Vale lembrar que, a cada 100 crianças nascidas no Brasil, uma desenvolve cardiopatia congênita. Em alguns casos, ainda durante a gestação, é possível ter o diagnóstico desta deficiência por meio de exames específicos, como o ecocardiograma.

Dentre os pacientes que foram atendidos, estava a pedagoga Keila Fernandes, mãe da Thalyta Lorrayne, de 8 anos, que  ficou aliviada ao ser contactada pelo HMI para ir à consulta. “Estávamos esperando há cerca de seis meses para descobrir qual cardiopatia ela possui, já que ela se cansa muito rápido ao brincar. Havia conseguido o encaminhamento, mas aguardava há três meses o agendamento com o especialista, até receber a ligação para consulta. Foi um alívio!”, afirmou. Além da parte cardiológica, o evento contou avaliações e orientações odontológicas ao presentes.

Redação

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