A nova Emergência Pediátrica Elone Schneider Vontobel, do Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre (RS), foi apresentada aos profissionais da imprensa na manhã da sexta-feira (3). Localizada no bloco A da instituição, a estrutura possibilitará aumento de 40% nos atendimentos às crianças e fortalecerá o sistema de saúde na capital gaúcha – que há 15 anos não apresenta um novo serviço de emergência pediátrica. O funcionamento começou nesta segunda-feira (6).
Ocupando uma área de 500 m², o prédio, acessado pela rua Ramiro Barcelos, 910, dispõe de 20 leitos, sendo 10 para observação e 10 para medicação. Outras duas salas recebem atendimentos de urgência. Cada turno terá uma equipe de quatro médicos, dois enfermeiros e quatro técnicos de enfermagem, além da equipe administrativa e de apoio, para realizar as atividades com mais agilidade. no total serão 80 profissionais dedicados às rotinas.
O investimento de R$ 12 milhões teve o apoio filantrópico dos empresários João, Ricardo e Rodrigo Vontobel. O termo de doação foi assinado em janeiro e as obras concluídas em três meses. “Estamos muito realizados em entregar a obra pronta e ajudar a sociedade, com o Moinhos tendo ainda mais condições de atender com excelência as crianças. É, também, uma justa homenagem que fazemos à nossa mãe, que tanto contribuiu para os negócios da nossa família”, conta Rodrigo Vontobel.
De acordo com o superintendente executivo do Hospital Moinhos de Vento, Mohamed Parrini, a iniciativa amplia e qualifica o pronto-atendimento do hospital, elevando, assim, o patamar de saúde na capital. “Será um espaço de referência na linha de cuidados pediátricos na nossa cidade. Todo o ambiente da emergência pediátrica foi planejado para aumentar a produtividade e aproximar o espaço da emergência adulta, exames e cirurgias”, destaca Mohamed Parrini.
Para Eduardo Bier, presidente do Conselho de Administração, a abertura da Emergência Pediátrica reforça o propósito da instituição, que é cuidar de vidas. “O Hospital Moinhos de Vento e a família Vontobel estão engajados na busca de uma sociedade melhor e mais desenvolvida. A inauguração dessa unidade é um resultado concreto dessa parceria”, afirma Bier.
Redução na espera
Com aplicação do modelo americano FastTrack, a média atual de 70 atendimentos por dia deverá chegar a 120. O objetivo do sistema é reduzir a espera, contando com uma equipe clínica dedicada aos procedimentos de urgência de baixa complexidade. O foco será nos tratamentos de doenças respiratórias, oncologia e hematologia.
Chefe do Serviço de Pediatria, João Krauzer afirma que os pacientes terão um melhor suporte. “O ambiente está pronto para atender o paciente grave com mais atenção e rapidez, seguindo o padrão de todas as obras realizadas nos últimos cinco anos. Nosso propósito é fazer com que esse serviço mantenha a qualidade, mas com maior agilidade, tornando menos desagradável os momentos de tensão para as crianças e seus familiares”, reforça.
A proposta de um núcleo capaz de conter a superlotação na unidade é apontada pelo superintendente médico do Moinhos de Vento, Luiz Antonio Nasi. “Criamos um sistema com médicos à retaguarda para situações de menor urgência. Estamos nos adiantando aos períodos de aumento nos casos de doenças respiratórias, como o inverno, para impedir que a funcionalidade tenha obstruções”, explica.
O Moinhos segue expandindo no Brasil a tradição da filantropia, muito difundida nos Estados Unidos. A inspiração vem da própria Johns Hopkins, instituição à qual o Moinhos de Vento é afiliado desde 2013. O hospital mantém diversas parcerias para transferência de conhecimento sobre educação médica, pesquisa e assistência.
A maternidade Helda Gerdau Johannpeter (2011) e o Centro de Oncologia Lydia Wong Ling (2016), serviços de referência no hospital, também foram construídos com o apoio de famílias da sociedade gaúcha.