A chegada do outono exige cuidados adicionais dos pais com as crianças menores de 2 anos e, em especial, bebês prematuros, devido ao Vírus Sincicial Respiratório (VSR), doença sazonal responsável pela bronquiolite. Segundo dado do Hospital Santa Catarina – Paulista, em março comparado a fevereiro, houve aumento de 61% nos atendimentos pediátricos com síndrome respiratória.
A principal forma de contaminação da bronquiolite acontece por meio de secreções respiratórias e por contato, ou seja, crianças que passam o dia em locais fechados com outras pessoas, como creches e escolas, estão mais propensas à infecção. “Por ser uma doença que está comumente associada à maior frequência de internações por síndromes respiratórias, sempre destacamos a importância em se atentar aos cuidados e aos primeiros sintomas, no intuito de iniciar o tratamento precocemente”, explica Dr. Werther Brunow de Carvalho, pediatra do Hospital Santa Catarina – Paulista.
Os sintomas iniciais são parecidos com os do resfriado comum, como tosse, obstrução nasal, coriza e às vezes chiado no peito, durando, em média, entre 3 e 15 dias. Porém, um indicativo de gravidade é a dificuldade para respirar e a falta de ar. “Como os primeiros sinais são bastante corriqueiros, é essencial que um médico avalie a criança para o diagnóstico correto, no intuito de evitar o agravamento do quadro e o desenvolvimento de outras doenças respiratórias mais graves, como pneumonia e asma, a última podendo até mesmo ser levada para a vida adulta”, destaca Dr. Werther.
De acordo com o pediatra, quando o vírus age de forma mais agressiva contra as defesas da criança, o pulmão pode perder um pouco de sua capacidade, levando a repercussões mais sérias que, em alguns casos, demandam até mesmo internação na UTI. Por essa razão, anualmente, o Hospital Santa Catarina aumenta o número de leitos pediátricos na época do ano em que há um aumento dos casos de bronquiolite e outras doenças respiratórias em bebês e crianças.
E para auxiliar com dúvidas, atendimentos de última hora ou até mesmo a triagem inicial, a Qsaúde disponibiliza o botão Qcuidado, com telemedicina disponível 24 horas por dia, que facilita no direcionamento ao cuidado adequado e na avaliação do risco em questão. “Muitas vezes, diagnosticamos os casos ainda na teleconsulta e, assim, já indicamos o tratamento correto. Essa primeira avaliação e conduta já são importantes para analisar a gravidade, fazer o direcionamento adequado do paciente em nosso ecossistema e propor o tratamento inicial. A abordagem diminui a chance de transmissão do vírus para os demais pacientes pediátricos, uma vez que é altamente contagioso”, afirma Ricardo Casalino, diretor médico da Qsaúde.
Casalino acrescenta ainda que, mesmo após a infecção, não se adquire imunidade. Dessa forma, a criança que pegou o vírus uma vez pode estar exposta a reinfecção. Por esse motivo, o ideal é sempre prevenir.
De olho na prevenção
Uma vez que ainda não há uma vacina contra a bronquiolite, os cuidados para preveni-la são os mesmos para todos os quadros de causa viral, inclusive a Covid-19, ou seja: é essencial evitar aglomerações e manter os ambientes ventilados, higienizar as mãos frequentemente e fazer o uso correto da máscara, além de não expor a criança ao cigarro, já que a inalação de fumaça é um agravante.