O parto humanizado é um tipo de assistência que atua baseado em evidências científicas sólidas, na autonomia da mulher e no atendimento transdisciplinar. Participar de todas as decisões, ter menos chances de depressão pós-parto, menos chances de passar por procedimento cirúrgico, melhor imunidade para o bebê, experiência mais positiva na hora do parto são alguns benefícios que fortalecem a procura por essa assistência.
Segundo a obstetra e ginecologista do Hospital Universitário e professora adjunta da Faculdade de Medicina de Jundiaí (SP), Karayna Gil Fernandes, muita gente acha que parto humanizado é aquele na banheira, em casa ou sem anestesia. “O parto humanizado é um conjunto de práticas onde os protagonistas são a mãe e o seu bebê. As intervenções são as mínimas necessárias respeitando o momento e o tempo do processo de cada uma. Cada mulher é única e cada parto também, tornando esse momento especial”.
O Hospital Universitário tem capacidade para fornecer um parto humanizado e respeitoso. Segundo Karayna, a instituição tem toda estrutura física e equipes capazes, um exemplo disso é a procura de algumas pacientes que mesmo com convênio, optam por realizar o parto no Hospital Universitário de Jundiaí pelo SUS.
Ela reforça que faz parte da humanização a presença de um acompanhante de livre escolha da gestante durante o trabalho de parto, escolher a posição mais confortável para parir, manejar o alívio da dor com ou sem medidas farmacológicas, contato pele a pele na primeira hora de vida do bebê, além da equipe estar sempre discutido e informando tudo o que está acontecendo com a paciente e seu acompanhante.
Todo parto pode ser humanizado, até mesmo nas gestações de risco. Um ponto fundamental é o respeito a mulher, ao bebê e a equipe de parto. Não é necessário que seja um parto natural. Uma cesariana também pode ser humanizada e cercada de todo o cuidado e atenção.
