IBCC Oncologia alerta sobre a importância da Campanha Dezembro Laranja

O mês de dezembro conta com grande incidência de raios solares que podem ser nocivos à saúde. Por isso, campanhas como o Dezembro Laranja são tão importantes.

Apesar de ser um dos tipos de câncer mais comuns os avanços na medicina têm permitido tratamentos mais eficazes e estão contribuindo para que o câncer de pele  apresente índices de mortalidade significativamente menores.

O IBCC Oncologia foi pioneiro, há 23 anos, na realização de exame por meio do dermatoscópio (aparelho médico para análise de pintas e sardas suspeitas) e no mapeamento corporal digital, em que todo o corpo e fotografado em detalhes para seguimento de lesões de maior risco.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) mostra dados preocupantes. Ela estima que, no ano de 2030, haverá no mundo 27 milhões de novos casos de câncer de pele, com 17 milhões de mortes pela doença e 75 milhões de pessoas vivendo com câncer e os países em desenvolvimento serão os mais afetados.

No Brasil, o câncer de pele é o mais comum e corresponde a 33% dos diagnósticos de tumores malignos. Para os anos de 2018 e 2019, estima-se 165.580 mil novos casos de câncer da pele do tipo não melanoma, no país, e desses, 85.170 serão em homens e 80.410 em mulheres.

O câncer de pele é causado, principalmente, pela exposição contínua à radiação solar, mas também pode surgir devido à mutação no DNA de células epiteliais isso porque queimaduras solares desde a juventude podem contribuir para a modificação celular e com isso ocasionar o câncer da pele.

Há maior risco na população branca, que está mais propensa a desenvolver a doença pela falta de melanina na pele. Além disso, pacientes com menos de 50 anos que tiveram carcinomas, devem fazer visitas anuais ao dermatologista por conta de maior risco de desenvolver melanoma.

“A maior parte dos casos são da variedade não melanoma, então são mais fáceis de serem controlados, pois não causam mudanças na base celular. Mesmo assim, é fundamental fazer o reconhecimento dos sintomas o quanto antes, já que o tempo é o fator chave para evitar que o tumor se torne agressivo”, ressalta dr. Aldo.

O câncer de pele é de fácil identificação. O aparecimento de pintas e sinais sobretudo em formatos irregulares, com características notáveis de tamanho, cor e textura e ainda os acastanhados ou com coloração escura, devem ser observados e ter atenção especial.

A metodologia reconhecida como ABCDE é um modo simples e indicado para facilitar o reconhecimento das manifestações do câncer de pele. Nela, é preciso ficar atento a 5 aspectos físicos das pintas: assimetria; bordas; coloração; diâmetro; e evolução. Assim, pintas que apresentam assimetria, bordas irregulares, mais de uma tonalidade de cor, diâmetro maior do que 6mm e/ou algum tipo de crescimento irregular, possuem chance maior de ser um câncer de pele.

É preciso consultar um médico em casos de feridas que não cicatrizam, pois as células normais se regeneram em pouco tempo diante de lesões ou feridas. Quando não cicatrizam ou dificilmente chegam a se fechar totalmente, é porque têm alguma alteração que pode ser maligna.

A presença de célula com alteração maligna provoca reação inflamatória que pode se tornar notável tanto em sinais e pintas como em outras partes da pele. Em geral, a inflamação acontece nas bordas dos sinais e vem acompanhada de vermelhidão, assemelhando-se à uma irritação comum. Entretanto, ao contrário das irritações, no câncer de pele, os sintomas são incômodos e persistentes e, ao invés de melhorar, pioram com o passar dos dias.

Os fatores de riscos que podem aumentar a propensão a adquirir câncer de pele são: histórico de câncer de pele na família; pele clara, que bronzeia pouco e sempre fica avermelhada; olhos claros; cabelos claros; presença de muitas pintas no corpo; incidência recorrente de queimaduras solares; sardas; e exposição prolongada ao sol sem proteção.

Os efeitos nocivos da radiação do sol são cumulativos e irreversíveis. Isso significa que o dano causado pelo raio ultravioleta persiste por toda a vida, desde a infância. Por isso, é muito importante se atentar a ações básicas de prevenção como evitar se expor ao sol entre as 10h e 16h e utilizar filtro solar todos os dias.

O tratamento escolhido para o câncer de pele vai variar de acordo com o tipo e a extensão do problema. Quanto mais precoce for o diagnóstico, maior a taxa de sucesso.

A maior parte dos tratamentos se dá por meio da cirúrgica, mas radioterapia, quimioterapia, imunoterapia e medicações tópicas imunoterápicas são opções também, sendo que esses últimos só são indicados em casos de tumores superficiais.

Em casos de melanoma, as intervenções cirúrgicas são as mais indicadas, mas o tratamento também varia de acordo com a extensão, agressividade e localização do tumor, bem como a idade e o estado geral de saúde do paciente.

Caso o melanoma já se encontre em fase de metástase, ou seja, quando o câncer se espalha para além do local em que começou, normalmente não há mais cura, por isso é importante detectar a doença o quanto antes.

Redação

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