Opções terapêuticas têm elevado as chances de sucesso no tratamento da Leucemia Linfoide Aguda (LLA), mesmo essa sendo uma doença bastante agressiva, que se caracteriza pelo acúmulo de células que não se desenvolveram completamente (isso durante a vida ou durante/após o tratamento). Quem explica é a médica onco-hematologista do IBCC – Instituto Brasileiro de Controle do Câncer, Dra. Flávia Tobaldini, que destaca ainda que células em formação afetadas pela LLA leva ao comprometimento da produção de todas as outras células sanguíneas. “Essas células não têm forma de defesa e o organismo não as reconhecem como tal”, sintetiza a médica.
Ela destaca ainda que por se tratar de uma leucemia aguda, essas células – chamadas de imaturas –, param de funcionar corretamente e começam a se reproduzir de maneira descontrolada. A LLA afeta a maior parte das células em formação, e por isso a produção de todas as células sanguíneas fica comprometida. “Sua evolução é bastante rápida, tornando fundamental que o tratamento se inicie o quanto antes”, salienta a médica.
Leucemia refratária
Caracterizada por células doentes na medula que não responderam ao tratamento convencional, para se tratar esse tipo de leucemia é preciso “zerar” essas células – tratamento de indução. Não é suficiente para evitar uma recidiva, mas elevam-se as taxas de respostas. “Eliminar é necessário, porque quando se faz um transplante sem ter zerado essas células as taxas de sucesso diminuem”, salienta a Dra. Flávia Tobaldini. Ela explica ainda que hoje as opções terapêuticas são diversas, o que tem elevado bastante as chances de sucesso no tratamento da LLA. “Depende do organismo do paciente. Mesmo sendo uma doença agressiva, estudos e acompanhamentos feitos por nossa equipe têm demonstrado um avanço na qualidade de vida do paciente”, revela. Atualmente são realizados diversos exames em laboratório para se diagnosticar a Leucemia Linfoide Aguda e, para muitos tipos de cânceres, quanto mais inicial for o diagnóstico, mais eficaz pode ser o tratamento. Nos casos de leucemias refratárias, protocolos especiais tem sido desenvolvidos e a utilização de novas drogas recém aprovadas no Brasil , “CAR T Cells” e o transplante de medula óssea tem melhorado a expectativa e a qualidade de vida destes pacientes.