Um adulto com vida normal, começa a sentir falta de ar, tosse crônica e, da noite para o dia, a sensação de limitação para realizar atividades rotineiras se torna comum. Estes podem ser os sintomas da doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) também conhecida como enfisema ou bronquite crônica. A doença é uma condição progressiva que limita o fluxo de ar nos pulmões causando desconforto, limitação ao exercício e às atividades do dia a dia. A DPOC mata, infelizmente, quatro brasileiros por hora, 96 por dia e 40 mil todos os anos.
A doença é uma condição progressiva que limita o fluxo de ar nos pulmões. A jornada do paciente até o diagnóstico correto é longa e, e 50% deles já estão em um estágio avançado da doença quando são diagnosticados . O percentual de subdiagnóstico em indivíduos com fatores de risco atendidos na atenção primária ainda é muito elevado (71,4%).
“Para auxiliar os pacientes que já estão com o diagnóstico de DPOC, a ampliação do arsenal terapêutico para a doença, a cessação tabágica, a reabilitação pulmonar e o tratamento adequado considerando molécula e dispositivo como recomendado pelas diretrizes diminuem as taxas de exacerbação (crises respiratórias onde a falta de ar piora subitamente) e reduzem internações hospitalares – (ainda mais em tempos de pandemia) – e a mortalidade, especialmente em pacientes entre 50 a 70 anos de idade” explica o pneumologista, Dr. Jose Eduardo Delfini Cançado.
O tratamento ajuda a retardar a progressão da doença. Por causa da exposição a fumaças orgânicas (ex. queima de lenha) ou devido ao início precoce do hábito de fumar, uma série de casos de DPOC são diagnosticados em pessoas entre 40 e 50 anos de idade levando a uma perda acelerada da capacidade pulmonar e ocasionando alto custo socioeconômico e redução da qualidade e da expectativa de vida.
Uma das principais metas no tratamento da DPOC é aumentar a qualidade de vida do paciente e mantê-lo ativo independentemente da gravidade da doença. Por isso a importância do diagnóstico acurado e do tratamento precoce para retardar a progressão da doença, reduzir os riscos de exacerbação e, desta forma, mudar definitivamente o cenário da DPOC no Brasil e no mundo.