Médica do Hospital Moinhos de Vento recebe premiação na cerimônia Brazilian Breast Cancer Symposium

Foto: Lenara Petenuzzo

A trajetória da médica Maira Caleffi, chefe do Núcleo da Mama do Hospital Moinhos de Vento, de Porto Alegre (RS), inspirou o reconhecimento na 11ª edição do Brazilian Breast Cancer Symposium – BBCS. A médica mastologista recebeu o prêmio Maria Antonieta Regal Dutra. O evento foi realizado de forma online no início do mês de maio.

“Estou muito orgulhosa e honrada por receber este prêmio que carrega o nome da Maria Antonieta. Ela foi mártir dessa doença que continua matando mulheres no mundo inteiro. É por isso que sigo lutando!”, afirma Maira.

As funções como mastologista não impedem que a médica atue também na educação, com os residentes no hospital, com a orientação de pesquisa de mestrado e doutorado, com produção acadêmica própria e um banco de dados que alimenta há 15 anos, tendo informações de 1,7 mil pacientes.

Fora dos ambientes hospitalar, acadêmico e da pesquisa, Maira tem uma história de luta pelos direitos das mulheres ao acesso a atendimento médico, diagnóstico precoce e rastreamento e tratamento imediato ao câncer de mama. A médica é presidente voluntária do Instituto da Mama do RS (Imama). O projeto nasceu em 1993, a partir de um grupo psicoterapêutico de pacientes atendidos pela especialista. Com o tempo, conquistou  voluntários e, em 2000, foi reconhecida como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), pelo Ministério da Justiça.

Além do apoio, cuidado e educação daquelas que lutam contra o câncer, Maira percebeu a importância das ações na sociedade civil em decisões públicas que impactam a saúde, assim fundou em 2006 a Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama) que conta com mais de 70 Organizações não governamentais (Ongs) associadas, mais de 1000 pessoas representadas, e está presente em mais de 20 estado e o Distrito Federal.

Prêmio Maria Antonieta Regal Dutra

A médica e plantonista Maria Antonieta Regal Dutra, foi diagnosticada com câncer de mama metastático, em 1994. Com determinação, enfrentou a doença e dedicou seus esforços para o trabalho na Associação de Portadores de Câncer de MAMA (APCAM), que presta assistência para mulheres que estão em tratamento, com vistas a uma melhor qualidade de vida para o paciente e seus familiares.

Maria Antonieta faleceu em 2001, deixando um legado na medicina brasileira, e pelo trabalho realizado em prol dos pacientes com câncer de mama. O Brazilian Breast Cancer Symposium – BBCS contempla e homenageia esta história, oferecendo a premiação como seu nome.

Redação

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