Médico explica aumento de 400% da queda capilar devido a pandemia

Um estudo publicado pelo Journal of the American Academy of Dermatology aponta um aumento alarmante de 400% dos casos da queda capilar desde o início da pandemia. Os autores, um grupo internacional de especialistas em cabelo reuniu dados de pacientes que se apresentaram em clínicas com uma gama de distúrbios capilares devido diagnóstico preexistente de Covid-19.

No Brasil, embora ainda não tenhamos pesquisas que comprovem o tema, é unânime o aumento de casos nos consultórios de especialistas como tricologistas ou cirurgiões capilares.

Dr. Thiago Bianco, um dos maiores especialistas em tratamento e transplante capilar do país, explica que percebeu aumento de mais de 40% de queixas de queda capilar tanto em homens ou mulheres, em decorrência do estresse da pandemia e também em pacientes que tiveram Covid-19. “Dentre os diferentes casos deste tipo de queda capilar estão principalmente o eflúvio telógeno, que acontece no pós-covid causando perda aguda e progressiva dos cabelos, que se desprendem facilmente. Porém, com tratamentos clínicos há reversão do quadro, e os fios voltam ao normal.

Há também casos de alopécias autoimones conhecidas como areatas, doença inflamatória que provoca a queda de cabelo, ou seja, nosso organismo possui  sistema de defesa, o imunológico, que vai atacar vírus, bactérias e agentes agressores para nos manter saudáveis. Como neste caso o sistema  imunológico está meio confuso ele acha que os folículos capilares são agentes agressores e vai tentar destruí-los. Este tipo de alopécia também tem associação direta com o estresse”, ressalta o especialista.

Por exemplo, pessoas que passaram por grandes perdas como o luto podem apresentar a alopécia areata, que por muitas vezes, se encontra dormente e se manifesta devido problemas emocionais intensos. É uma doença que não tem cura mas tem remissão, ou seja, nas  áreas que apresentam falhas se forem tratadas com uso de corticoides voltarão a nascer os fios nestas regiões, porém, a pessoa não fica livre da doença. Toda vez que houver um novo processo grande de estresse, a alopécia areata voltará a se manifestar. Essa doença não tem cura, apenas controle.

Segundo Bianco, é necessária uma avaliação em consultório para diagnosticar o tipo de alopécia que o paciente apresentar.

Redação

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