Ministro da Defesa afirma que vacinação contra a Covid-19 vai exigir operação de guerra

O Ministro da Defesa Fernando Azevedo e Silva participou nesta sexta-feira (23) da ‘Live JR’, programa de entrevistas multiplataforma do Jornal da Record. Aos jornalistas Celso Freitas, Christina Lemos e Luiz Fara Monteiro, o Ministro destacou o apoio logístico das Forças Armadas nas operações da Covid-19. Segundo ele, mais 30 mil homens estiveram envolvidos em ações de descontaminação, posto de triagem, campanha de conscientização, barreira sanitária e reparos de respiradores. “Transportamos toneladas por vias terrestre e área. Só por via aérea já demos mais de 21 voltas em torno do planeta, em horas de voo, levando apoio à população brasileira no combate à Covid-19”, disse.

O Ministro falou ainda que uma vacinação em massa rápida vai exigir que se monte quase uma operação logística de guerra. “As Forças Armadas vão participar disso, não podemos nos furtar. Ainda não temos um planejamento efetivo, mas temos comandos conjuntos montados, temos tradição em operações conjuntas e capilaridade no Brasil inteiro”, garantiu.

Ao lembrar que hoje é comemorado o Dia do Aviador, citou o patrono das Forças Aéreas, o brasileiro Santos Dumont, criador do 14 Bis, e destacou a compra de 36 aeronaves da sueca Gripen. “Foi um projeto muito bem estudado, é uma aeronave de ponta. Temos ainda os F5, o mundo já tem modelo F35. As aeronaves Gripen chegarão em boa hora” afirmou.

O Ministro descartou a possibilidade de a crise atrasar a entrega das aeronaves. “O Orçamento é o nosso oxigênio e aquele previsto para a defesa para 2020 e 2021 contempla os projetos estratégicos. Não da maneira como desejávamos, mas é suficiente para honrar os compromissos, inclusive com a Gripen”.

Azevedo avalia que boa parte dos componentes das aeronaves serão fabricados no Brasil, garantindo empregos. “Foi bom para a Suécia, mas foi também muito bom para o Brasil, para a indústria brasileira e para a Força Aérea”.

Celso de Freitas questionou a atuação do ministério no combate às queimadas no Pantanal e Amazônia: “Nossa maior contribuição é o apoio logístico e a segurança do pessoal especializado em meio ambiente. Esse pessoal contabilizou mais de R$ 1 bilhão em multas. Tem havido um esforço grande em apoiar esta questão.” Azevedo fez ainda uma alusão à série da Record TV que retrata as queimadas nas regiões citadas.

Christina Lemos lembrou o risco de perda de investimentos decorrente da imagem do país em relação à falta de efetividade neste combate. “As Forças Armadas sempre deram atenção à Amazônia. Acho que é um certo exagero, mas estamos enfrentando os problemas.”

O Ministro falou ainda sobre a nova estratégia de defesa entregue em julho de 2020. “O orçamento é o possível para levar os projetos adiante, mas não é o suficiente. Ou a gente muda o escopo ou alonga o prazo. Mas temos todos os projetos na prancheta e em evolução estratégica. O submarino de propulsão nuclear está avançando”, concluiu.

Redação

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