Nova técnica de laser acupuntura é publicada em artigo no Journal of Biophotonics

O médico acupunturista e professor da Faculdade São Leopoldo Mandic, Prof. Dr. Marcos Teixeira, acaba de publicar uma pesquisa no periódico científico Journal of Biophotonics, sobre um novo método que deve revolucionar a aplicação da laser acupuntura no sistema de saúde. De acordo com o especialista, a laserterapia foi analisada como método pós-operatório para alivio de dor com aplicação ao membro oposto da lesão.

“Separamos três grupos com 15 ratos. No primeiro, analisamos a eficácia do laser vermelho; no segundo, o verde. Já o terceiro grupo foi o nosso controle para entendermos como se dava a dor do rato nas primeiras 24 horas. Neste estudo, analisamos que tanto o laser vermelho, quanto o verde pode ser utilizado para o tratamento da dor pós-operatória. Porém, o ineditismo se dá ao fazer a analgesia da dor com laser em pontos de acupuntura, na pata contrária da cirúrgica, ou seja, o tratamento de laserterapia não é realizado no membro que sofreu o trauma”, explica Dr. Teixeira.

Importância da pesquisa

Segundo o acupunturista, entre os benefícios do uso do laser no lugar da agulha, estão: maior aceitabilidade, pois pessoas evitam os microtraumas pelo agulhamento; facilidade no tratamento, porque é possível muito mais pontos do que no agulhamento; resposta semelhante, pois o resultado é bem parecido, e o laser vem mais com um estímulo para facilitar o tratamento. Além disso, o pesquisador justifica que a laser acupuntura, quando aplicada no membro oposto, pode tornar o tratamento ainda mais acessível. “Na realidade, existem diferentes situação para este tipo de aplicação. Normalmente, nós fazemos nos dois lados, bilateralmente. Mas vamos supor que a pessoa é amputada, e tenha a tal da dor fantasma. Quando acontece isso, você faz o laser na perna contrária da amputação, e consegue o alívio da dor fantasma”, explica.

O professor da São Leopoldo Mandic também chama a atenção para a importância da comparação do desempenho do laser vermelho e verde. “Já sabíamos que o laser vermelho era eficaz. Porém, o que descobrimos é que o equipamento de laser verde oferece resultados similares e, diferente do vermelho, o seu equipamento é muito mais barato, o que torna possível o uso da laserterapia no Sistema Único de Saúde (SUS), para que equipes possam fazer esse tratamento em unidades básicas de saúde, com o intuito de aliviar a dor, ao mesmo tempo que diminui o uso de anti-inflamatórios e analgésicos”.

Método

Diferente dos demais estudos, a pesquisa desenvolvida na Faculdade São Leopoldo Mandic oferece um novo método para aplicação da laserterapia: “no formato convencional, a laserterapia é aplicada em cima das lesões, do local de dor. Neste estudo, a técnica foi realizada na perna contrária, da qual recebeu a lesão cirúrgica”. No caso do estudo apresentado, o laser foi utilizado em pontos de acupuntura no pós-operatório imediato, uma, três, seis e 24 horas após o procedimento.

Redação

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