O papel da Medicina Diagnóstica na Gestão da Saúde Populacional

O cuidado com a saúde acontece desde que as pessoas passaram a se proteger, deliberadamente, e também a se tratar contra diversas doenças existentes, há mais de um século. Porém, para intensificar e ter uma eficaz gestão de saúde, é preciso enxergar além dos recursos que estão ao alcance da população, para que aconteça uma certa melhoria nesse sistema.

Para o doutor da Associação Brasileira de Medicina Diagnóstica (Abramed), Wilson Scholnik, o maior problema para administrar esta gestão é pelo fato, de no Brasil, não ter controle quanto ao desperdício na saúde. “Isso envolve os custos, que considero como um dos pilares da Gestão de Saúde Populacional (GSP) pois, sem dúvida alguma, isso contribui para solucionar esse problema e faz com que haja sucesso durante a gestão”, afirma.

Para a utilização de recursos que são limitados é estimulado um uso racional dentro do sistema de saúde, tanto na rede pública, quanto na privada e precisa ser empregado de modo que tragam valor para o cuidado, de modo em geral, para todos os pacientes.

De acordo com o presidente da Aliança para Saúde Populacional (Asap), Claudio Tafla, além de recursos materiais, deve-se incluir a questão de valores. “Sabemos que tudo tem um custo, mas se aquilo agregar valor à gestão de saúde, a jornada do paciente, ao melhor diagnóstico no momento correto e ao adequado desfecho dos casos, teoricamente estamos fazendo o certo. E quando fazemos o certo, certamente estaremos realizando o mais eficiente para aquele momento”, explica.

A melhor referência para esclarecer essa questão de valores são os exames que, segundo doutor Scholnik, são essenciais quando se trata de cuidados com a saúde, quanto para a promoção e também prevenção dos pacientes. Nos Estados Unidos, por exemplo, é o local onde há maior desperdício de recursos da saúde. Os exames laboratoriais correspondem apenas 2,3% dos gastos totais em saúde, já em países mais estruturados, como na Alemanha, os custos desses mesmos exames são de 1,4% e na Itália 1,6%.

É importante reconhecer que a gestão da saúde da população será a base para a maioria das futuras iniciativas de reforma da saúde. Sem um embasamento firme na estratificação de riscos, cuidados preventivos e análises, as instituições provavelmente não conseguirão lidar com seus indivíduos de forma sustentável e baseadas em valor.

Redação

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