O papel das tecnologias no combate à segunda onda de Covid-19

Após a comprovação do aumento de casos na Europa nos últimos meses e volta do lockdown em diversos países do continente, é a vez do Brasil encarar a crescente de infectados e uma provável segunda onda da pandemia de Covid-19. Diferentemente da primeira – que nunca cessou de fato, dessa vez estamos um pouco mais preparados e adaptados ao isolamento social e às tecnologias que fizeram com que não precisássemos nos expor em idas ao mercado e, inclusive, ao médico.

Cadu Lopes, CEO da Doctoralia, plataforma de agendamento médico, explica como funcionam as tecnologias que facilitaram a vida de profissionais e pacientes durante o primeiro ápice da pandemia e como elas seguem sendo importantes para a segunda onda e, inclusive, no pós-pandemia.

Telemedicina

A ferramenta é destaque desde março de 2020, quando seu exercício foi autorizado e regulamentado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Ministério da Saúde como medida emergencial. Com ela é possível realizar consultas sem sair de casa, com diversos profissionais de saúde, e obter diagnósticos precisos sem necessidade de exposição em uma clínica ou hospital, os ambientes mais temidos pela população em 2020.

Por ter sido aprovada às pressas, muitas pessoas ficaram receosas e estranharam esse formato de consulta. Porém, oito meses depois, a aderência comprova a eficácia dessa ferramenta que já era estudada e esperada pelo sistema e profissionais de saúde brasileiros há alguns anos.

Na Doctoralia já são mais de 500 mil teleconsultas realizadas desde a liberação e 15 mil profissionais de saúde atendendo via plataforma nessa modalidade.

Prontuário Eletrônico do Paciente (PEP)

Longe de ser novidade, o PEP é uma ferramenta bem disseminada em clínicas e hospitais ao redor do país, mas que ainda necessita de melhorias e aprimoramento para abrigar de maneira prática e integrada as informações de saúde dos milhões de brasileiros. Seu objetivo é que toda e qualquer informação útil sobre o histórico médico do paciente, independente do hospital e localidade do Brasil em que ele vá utilizar o serviço de saúde, esteja disponível. Aprimorando diagnósticos e evitando repetição desnecessária de exames, por exemplo.

Tivemos que correr contra o tempo para que nosso software evoluísse na velocidade exigida pela pandemia. Além da agenda médica e histórico de consultas, incorporamos as seguintes funcionalidades:

• Área para registro de diagnósticos, antecedentes e medicamentos.

• Importação da base de pacientes de documentos em formatos .csv ou .xls.

• Possibilidade de anexar arquivos, como resultados de exames e imagens.

• Emissão de atestados e prescrições digitais.

Prescrição eletrônica

Recomendada pelos mais importantes órgãos de saúde do Brasil, Anvisa, Ministério da Saúde, Conselho Federal de Medicina e Conselho Federal de Farmácia, está diretamente ligada às tecnologias anteriormente citadas. É um diferencial no prontuário eletrônico e a conclusão da telemedicina.

Um benefício principalmente ao paciente, não só por nos poupar da temida “letra de médico”, mas por evitar a necessidade de exposição quando há prescrição de medicamentos controlados, principalmente para os idosos. Hoje, as grandes redes de farmácia aceitam prescrição eletrônica para o delivery de remédios. É outra realidade que esperamos manter no pós-pandemia.

Por mais que essas e outras tecnologias, voltadas ou não à área da saúde, estejam em alta agora, elas não foram pensadas ou desenvolvidas da noite para o dia. São anos de um trabalho sério e pautado, inicialmente, na segurança do paciente e consumidor. O papel dessas ferramentas é trazer mais qualidade de vida para ambos os lados, estejamos dentro ou fora de uma pandemia.

Redação

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