Oficina de aquarela une pacientes com câncer no Hospital Moinhos de Vento

Crédito: Renata Simmi/HMV/Divulgação

Pincéis de diferentes tamanhos. Godês cheios de cores. Água e papel para dar vida à imaginação. Assim foi a tarde para 12 pacientes em tratamento contra o câncer que participaram de uma oficina de aquarela no Hospital Moinhos de Vento em 7 de fevereiro. A atividade foi realizada em alusão ao Dia Mundial do Câncer, lembrado em 4 de fevereiro.

Por coincidência, todas as participantes compartilham da mesma luta: contra o câncer de mama, cada uma em suas etapas do tratamento. Ao longo de duas horas, elas conheceram mais dessa arte e expressaram suas emoções por meio das tintas. Foi o caso de Helena Salgueiro, de Porto Alegre.

Hoje em terapia com bloqueadores hormonais, ela passou por três cirurgias, quimioterapia e radioterapia contra a doença. Helena, que nunca teve contato antes com a aquarela, desenhou uma fusão entre a letra grega psi, que simboliza sua profissão, a Psicologia, e uma fênix na cor rosa. “Procurei dar uma ideia de renascimento, que é algo que de fato acontece com todos que passam por esse processo, que traz muitos aprendizados e reconexões comigo mesma”, conta.

As lições foram ministradas pela designer de produto e artista visual Mariana Prestes, que disse ter sido a primeira vez que comandou um workshop para pacientes oncológicas. “A arte sempre ajuda como uma terapia. Ela transforma nosso olhar, é um momento de fuga, de alegria, torna tudo mais leve, que às vezes as pessoas nem sabiam que estavam precisando. É enriquecedor”, comenta.

A psicóloga Jessica Garcia, que atua no Centro de Oncologia Lydia Wong Ling, do Hospital Moinhos, reforça que momentos como esse são “incríveis para ver além do processo da doença e se permitir viver outros momentos. A arte é excelente e diz muito sobre o que estamos vivenciando”, destaca.

Os convites para a oficina, que teve o apoio da Koralle, fornecedora dos materiais utilizados, foram enviados para pacientes da oncologia e do Núcleo Mama do Moinhos. Entre uma e outra pincelada, foi também um momento de troca entre pessoas que vivem experiências semelhantes com o câncer. “Fiquei muito feliz de chegar e de, alguma maneira, me encontrar nas falas das mulheres que estiveram aqui comigo. Cada uma, no seu tempo, também enfrentou essa jornada e me ensinou algo com seus depoimentos — e espero ter deixado um pouquinho com elas”, celebrou Carla Rosa, paciente da Capital que enfrentou dois tumores em ocasiões diferentes na mesma mama.

Redação

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