Open Health pode consolidar iniciativas que já interligam jornada dos pacientes

A informação é uma ferramenta cada vez mais preciosa, que tem possibilitado revoluções nas mais diversas áreas da atuação humana. No setor da saúde, o tratamento de informações é a base de uma mudança que tem potencial de alterar toda a jornada médica do paciente, levando a ela maior agilidade, segurança e confiabilidade.

Inspirados no open banking, começam a ser desenvolvidos no Brasil os primeiros sistemas que objetivam a instalação do Open Health, com o intuito de promover o compartilhamento de informações e possibilitar o estabelecimento de uma rede que facilitará o acesso seguro aos dados médicos dos pacientes. A inspiração no sistema financeiro ocorre em decorrência de seu sucesso no uso compartilhado de dados bancários de clientes de todo o país.

“A intenção do Open Health é promover uma integração total da trajetória dos registros de saúde do paciente. Exames, consultas, cirurgias e quaisquer outras intervenções médicas estarão detalhadas e acessíveis a qualquer profissional da saúde, de forma segura e confidencial, agilizando os atendimentos e oferecendo maior segurança nos procedimentos”, explica Diogenes Silva, CEO da Anestech, healthtech de Florianópolis.

A empresa possui know-how capaz de contribuir para a instalação desse sistema compartilhado, já que seu carro-chefe, a plataforma de anestesiologia digital, o AxReg, realiza a coleta e análise de dados reunidos minuto a minuto pelo anestesiologista – antes, durante e depois das cirurgias. A ferramenta, que digitaliza o procedimento anestésico e oferece uma capacidade de prever situações e dosar fármacos ao paciente de acordo com suas necessidades, reúne uma infinidade de dados que, compartilhados com profissionais e instituições públicas e particulares, é capaz de fornecer subsídios para que outros médicos realizem intervenções e abordagens mais precisas e eficazes, segundo o executivo da Anestech.

Como toda novidade, o Open Health apresenta desafios, tais como a operacionalidade entre diferentes sistemas e as mais diversas plataformas, o tratamento de dados sigilosos e a segurança da informação. É o que indica Diogenes Silva: “A eficiência da proteção de dados de saúde é fundamental para o sucesso do Open Health. Para sua completa implantação é crucial que algumas medidas sejam adotadas, como o investimento maciço em armazenamento em nuvem, o estabelecimento de protocolos para a definição de níveis de acesso e rastreamento, além do uso de softwares de gestão”.

Benefícios não faltam com a implantação do Open Health no Brasil – o que seria inédito no mundo, porém com grande potencial de se tornar referência internacional em um país com um dos mais completos sistemas de saúde do planeta. “Temos nas mãos uma chance enorme de reduzir as filas de espera, agilizar ainda mais os atendimentos de urgência e promover comodidade aos pacientes, que não precisarão sequer levar os exames nas consultas, e que terão um histórico confiável armazenado para uso médico”.

Mais do que isso, a implantação do Open Health facilitará o surgimento de novos sistemas de administração da saúde mais personalizados e que atenderão melhor a pacientes, profissionais e instituições. “Nossa experiência com o AxReg mostrou que a plataforma digital tornou o registro detalhado do anestesiologista um documento médico valioso que ajuda gestores a entenderem a rotina de seus centros cirúrgicos, construindo inteligência operacional e aperfeiçoando a gestão hospitalar. A democratização da informação  vai indicar parâmetros extremamente positivos para a atuação de médicos junto a seus pacientes”, ressalta o executivo.

Redação

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