Quando o assunto são cirurgias plásticas, prever resultados há alguns anos dependia de um alinhamento eficiente entre paciente e profissional, visto que as intervenções precisam atender tanto aos parâmetros estéticos quanto funcionais. No entanto, com as constantes inovações na medicina, tem se tornado cada vez mais transparente o processo de preparação, planejamento e execuções dessas operações.
Uma das cirurgias estéticas mais procuradas do país atualmente é a rinoplastia, que busca aperfeiçoar a aparência do nariz e também pode ser usada para resolver problemas funcionais como desvio de septo e excesso de carne esponjosa (hipertrofia dos cornetos inferiores). O otorrinolaringolista Dr. Edson Freitas é referência nesse procedimento e conta que a simulação cirúrgica tem sido de extrema aplicabilidade para maximizar os resultados cirúrgicos.
“A rinoplastia é uma das cirurgias plásticas mais difíceis e detalhistas que existe, já que você vai ter que imaginar como o nariz vai ficar por dentro e por fora. Além disso, o nariz não apenas desempenha importante função no organismo, como as cirurgias realizadas nele costumam trazer alterações de fisionomia, visto que esse é um ponto central do rosto”, comenta.
Segundo ele, a simulação cirúrgica é uma ferramenta tecnológica indispensável no cotidiano dele de consultório, auxiliando a comunicação com o paciente, assim como a amostra aproximada de como ficará o nariz após a intervenção, mas ele alerta: não deve ser encarado como promessa de resultado. “O aspecto final depende não apenas dessa simulação, mas de todos o planejamento, execução e cuidados pós-cirúrgicos”, lembra.
O médico frisa que a rinoplastia é uma cirurgia delicada, mas que possui uma recuperação rápida — a cirurgia primária, quando o nariz nunca passou por outra operação anteriormente, dura de quatro a seis horas e o paciente precisa ficar em repouso durante 7 dias, em média.
“É importante ressaltar que o paciente sempre busque por um profissional qualificado e especializado em cirurgia de face, visto que a possibilidade de intercorrências existe e uma cirurgia reparadora, além de ter o resultado mais limitado, pode levar em torno de sete a nove horas para ser concluída, com um grau de complexidade infinitamente maior. Nenhuma simulação substitui a experiência de um profissional especializado”, alerta o otorrinolaringologista.