Outubro Rosa: testes genéticos podem guiar prevenção e tratamento do câncer de mama

A predisposição hereditária nos casos de câncer de mama é um tema que vem sendo cada vez mais estudado. Cerca de 5% das pacientes com este tipo de câncer apresentam uma síndrome genética. Mais comumente, é observada a mutação nos genes BRCA1 ou BRCA2, segundo o INCA (Instituto Nacional do Câncer).

Os painéis NGS (Next Generation Sequencing), por meio da análise do DNA, buscam identificar variantes nos genes relacionados a estas síndromes. Tais exames são realizados a partir de uma simples coleta de sangue e podem ser úteis para orientar tanto a prevenção, quanto o tratamento de pacientes. “Em caso de presença de uma variante patogênica, pode-se optar por cirurgias redutoras de risco, o que, como o próprio nome sugere, diminuem consideravelmente as chances de aparecimento de câncer no futuro”, explica o Dr. Henrique Galvão, head de oncogenética da Dasa Genômica, braço de genômica da Dasa, rede de saúde integrada.

“Existem terapias direcionadas para mulheres que apresentam determinadas mutações. Hoje, nossa recomendação é que toda paciente com câncer de mama, se possível, faça o teste genético. Dependendo do tipo da mutação encontrada, vamos ofertar um tratamento que tenha uma melhor resposta para aquele câncer”, frisa dra. Giovanna Gabriele, mastologista do Hospital Nove de Julho, em São Paulo, também pertencente à Dasa. A mastologista ainda reforça que determinados fatores levantam a suspeita de um câncer de mama de origem hereditária: casos em mulheres jovens abaixo dos 45 anos e mulheres que tenham histórico de câncer na família, especialmente de mama, ovário, pâncreas, próstata e na região colorretal.

Além de definir condutas médicas para as pacientes, o painel de câncer hereditário também é importante para o acompanhamento dos seus familiares. Se for identificado um fator genético, é possível testar também os parentes e acompanhá-los mais de perto, ajudando a prevenir novos casos. “É importante lembrar que esses genes podem estar alterados também nos homens, e o risco aumentado para câncer de próstata deve ser considerado”, afirma o Dr. Henrique. Já a dra. Giovanna diz ser indispensável o painel genético nos casos de câncer de mama em homens, que, apesar de raros – cerca de 1% dos casos – também ocorrem.

A Dasa Genômica também oferece testes que analisam os diversos tipos de tumores para direcionar o tratamento. Existem mais de 300 tipos de exames genômicos para câncer, direcionados para as necessidades de cada paciente. “Temos como exemplo o Endopredict, voltado para as pacientes com câncer de mama em estágio precoce, capaz de selecionar quais delas teriam ou não benefício com o uso de quimioterapia”, explica o Dr. Cristovam Scapulatempo Neto, diretor médico de patologia e genética da Dasa.

Os testes genéticos são, atualmente, parte importante na jornada da paciente com câncer de mama. Eles proporcionam um tratamento personalizado e potencializam as suas chances de cura.

Redação

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