Pandemia durante o inverno preocupa ainda mais os bancos de sangue de todo Brasil

Dados do Ministério da Saúde* estimam que, em 2020, a pandemia ocasionou a diminuição de cerca 20% no total de doações de sangue, em comparação a 2019, nos hemocentros de todo o Brasil. Segundo o movimento ‘Eu dou Sangue’**, criador da iniciativa ‘Junho Vermelho’, a chegada do inverno e das férias escolares impacta ainda mais o volume de doações chegando a cair em torno de 30%. Por isso essa campanha, de abrangência nacional, tem como objetivo conscientizar e incentivar a população sobre a importância de ser um doador de sangue.

A Dasa, rede de saúde integrada, abraça essa causa e promove uma campanha interna para engajar seus mais de 40 mil colaboradores. “Somos muitos e estamos juntos nesse propósito. Precisamos disseminar a informação de que a doação de sangue é um ato seguro e que isso não muda nada durante a pandemia. Quem doa sangue, cuida de vidas”, ressalta Venâncio Guimarães, Diretor de Pessoas e Cultura da Dasa.

* Disponível em agenciabrasil.ebc.com.br/saude/noticia/2021-01/queda-na-doacao-de-sangue-devido-pandeia-preocupa-hemocentros
** Disponível em saude.abril.com.br/medicina/hemocentros-sofrem-com-falta-de-sangues-mais-raros
** Disponível em www.eudousangue.com.br

H.Hemo convida doadores de sangue para repor estoques zerados

A H.Hemo, rede de hemoterapia, está com seus estoques de banco de sangue praticamente zerados. Para contornar a situação, a rede convida os doadores a comparecer às unidades durante a semana de 14 de junho, dia mundial do doador de sangue. A iniciativa integra o Junho Vermelho, mês de conscientização sobre a importância do ato.

De acordo com Gustavo Duarte, diretor médico da H.Hemo, a pandemia da Covid-19 afastou muitos doadores que tinham o hábito de frequentar regularmente os centros coletores. “As pessoas estão isoladas para diminuir o contágio pelo novo Coronavírus, o que é o correto a se fazer, porém, a doação de sangue só pode ser feita de forma presencial. Sem sangue, muitos precisam interromper tratamentos delicados, agravando o quadro clínico”, orienta.

O objetivo desta data é atrair doadores e alertar os interessados em fazer parte desse ato de cidadania, especialmente neste cenário crítico para os bancos de sangue. Duarte destaca que as unidades todas estão com rígidos protocolos de saúde para que garantir a segurança dos doadores. “Entendemos que é hora de sair de casa também para salvar vidas”, reforça.

Unimed-Rio estimula a doação de sangue com a campanha #selfiequesalva

No mês em que é comemorado o Dia Mundial do Doador de Sangue (14/06), a Unimed-Rio deu início à campanha #selfiequesalva com o objetivo de incentivar a doação de sangue entre a população. A ação faz parte do projeto Cores da Saúde, que apoia, ao longo do ano, os principais movimentos e campanhas de conscientização para uma vida mais saudável. O Junho Vermelho incentiva o espírito de solidariedade quanto à doação de sangue, conscientizando a população sobre a importância do ato para salvar vidas.

“A campanha #selfiequesalva reforça esse significado de forma lúdica, ao mostrar a semelhança do ato de fazer uma selfie e a de doar sangue. Ela lembra que 90% dos brasileiros tiram selfie, mas apenas 1,6% doa sangue. Queremos sensibilizar a população para a importância desse ato, que ganha ainda mais relevância com a pandemia, em que houve um aumento da demanda de transfusão de sangue em pacientes que apresentam formas graves da Covid-19”, afirma Mauro Madruga, superintendente de Mercado e Operações na Unimed-Rio.

Entre as ações da campanha liderada pela cooperativa, está um desafio para que outras empresas participem e incentivos para que colaboradores, corretores e familiares de pacientes internados também se mobilizem para doar sangue. No Instagram da Unimed-Rio, a marca disponibilizou ainda um filtro que pode ser utilizado ao postar uma selfie doando sangue, com as frases: ‘Selfie que salva’, ‘Sou doador de sangue’, ‘Eu sou o tipo certo de alguém’ e ‘Eu salvei quatro vidas’, fazendo uma alusão à quantidade de pessoas que podem receber o sangue coletado de apenas uma bolsa.

Para quem for doar em função da campanha, é importante mencionar que a doação é realizada em nome do Junho Vermelho. Assim, o gesto será contabilizado e destinado para a causa. Todos os bancos de sangue do Rio de Janeiro estão nessa campanha: Hemorio, Hematologistas Associados e o Grupo GSH, especialista em hemoterapia e terapia celular, do qual a Unimed-Rio é sócia, com 10% de participação.

REQUISITOS BÁSICOS PARA DOAR SANGUE:

– Portar documento oficial de identidade com foto (identidade, carteira de trabalho, certificado de reservista ou carteira do conselho profissional).
– Estar em boas condições de saúde.
– Ter entre 16* e 69 anos, desde que a primeira doação seja realizada até os 60 anos.
*Jovens com 16 e 17 anos podem doar no Hemorio com autorização dos pais e/ou responsáveis legais e um documento de identidade original desse responsável. Confira o Modelo de autorização. No SERUM e no Hematologistas Associados, os jovens precisam estar acompanhados dos responsáveis legais.
– Pesar no mínimo 50 Kg.
– Não estar em jejum. Evitar apenas alimentos gordurosos nas 3 horas que antecedem a doação.
– Não ter feito uso de bebida alcoólica nas últimas 12 horas.
– Se fez tatuagem e/ou colocou piercing, aguardar 6 meses para doar no Hematologistas Associados ou 12 meses no Hemorio ou no SERUM.
– Não possuir piercing na língua e/ou na região genital ou 1 ano após a retirada.
– Se passou por endoscopia ou procedimento endoscópico, aguardar 6 meses.
– Não ter tido gripe ou resfriado nos últimos 30 dias.
– Não ter tido Sífilis, Doença de Chagas ou AIDS.
– Não ter diabetes em uso de insulina.
*Aguardar 48h para doar, caso tenha tomado a vacina da gripe, desde que não esteja com nenhum sintoma.

ALGUMAS SITUAÇÕES QUE IMPEDEM PROVISORIAMENTE A DOAÇÃO DE SANGUE:

– Febre acima de 37°C
– Gripe ou resfriado
– Gravidez
– Pós-parto (90 dias após o parto normal e 180 dias após a cesariana)
– Amamentação (até 1 ano após o parto)
– Uso de alguns medicamentos
– Anemia
– Cirurgias
– Extração dentária (7 dias)
– Vacinação: o tempo de impedimento varia de acordo com o tipo de vacina
– Transfusão de sangue: impedimento por 1 ano
❗ Consulte a equipe do banco de sangue em casos de hipertensão, uso de medicamentos e cirurgias.

Para conferir os endereços dos bancos de sangue e os critérios específicos para o Coronavírus, acesse o site da campanha: mude1habito.unimedrio.com.br/cores-da-saude/junho-vermelho

Corrida pela Vida: voluntários realizam campanha de doação de sangue

A pandemia da Covid-19 impactou os bancos de sangue de todo o país e segundo o Ministério da Saúde as doações caíram aproximadamente 20%. A reposição frequente dos estoques é fundamental para tratar diversas doenças e uma das importantes ações para engajar toda a população é a campanha Junho Vermelho – Mês de Conscientização para a Doação de Sangue, que evidencia a importância da doação contínua. No dia 14 de junho é celebrado o Dia Mundial do Dador de Sangue.

Diante disso, pensando em contribuir com as vidas das pessoas que dependem desse insumo, e que é essencial para o sistema de saúde, o Instituto MPD, organização sem fins lucrativos, criada pela construtora  MPD Engenharia, cujos pilares são educação, construção e sustentabilidade, realizou a campanha Corrida pela Vida, uma gincana entre os colaboradores, familiares e amigos, para a doação de sangue. Dentre as diversas iniciativas que o Instituto realiza, os projetos de doação de sangue fazem parte de uma das cinco frentes de atuação desenvolvidas pela Instituição.

As 31 equipes montadas pelos setores da construtora, abrangendo escritório e obras realizaram uma competição entre si. Aquela que mais doasse concorria a um prêmio. Ao todo, foram 74 doações encaminhadas para a Fundação Pró-Sangue e Santas Casas. Em relação à campanha do ano passado, houve um aumento de mais de 60%. Na ocasião, os colaboradores doaram na própria sede da MPD Engenharia, onde foi montado, pela Pró-Sangue, um posto de doação.

“A doação de sangue é um dos maiores atos de amor e de solidariedade. Uma única doação pode salvar até quatro vidas. Por isso, o engajamento do Instituto MPD em seguir unindo o time de colaboradores acontece não somente em campanhas específicas, mas sim durante todo o ano e estamos muito felizes em ver que todos estão cada vez mais preocupados em doar. Esse aumento que tivemos em relação ao ano passado só reforça isso”, diz Cecília Meyer, presidente do Instituto MPD.

A Fundação Pró-Sangue está com o estoque de sangue em nível crítico e convoca com urgência mais doadores. Os tipos O- e O+ estão em situação emergencial, já os sangues do tipo A- A+, B- e B+ estão em alerta, com tendência de entrada no patamar crítico. “Sabemos que a Fundação está com apenas 50% da quantidade de estoque necessária para abastecer mais de 100 Instituições de saúde da rede pública de São Paulo, dentre as quais se incluem os institutos do Hospital das Clínicas, Incor e ICESP. Por este e tantos outros motivos o nosso apelo e ajuda. Continuaremos a incentivar a doação de sangue com nossos colaboradores. Um ato tão nobre, que salva vidas”, finaliza Cecília.

Com aumento nos acidentes de trânsito, transfusões de sangue são mais necessárias

Mais da metade dos acidentes de trânsito na capital paranaense, em 2021, envolveu motociclistas. De acordo com o estudo do Batalhão de Polícia de Trânsito (BPTran), no primeiro quadrimestre de 2021, houve 1.426 acidentes em Curitiba, sendo que 745 envolveram motociclistas. Outro dado preocupante é o aumento no número de mortes nesse tipo de ocorrência. Nos quatro primeiros meses do ano passado, foram cinco mortes em acidentes envolvendo motocicletas, motonetas e ciclomotores. Em 2021, esse número passou para treze mortos e outras 629 pessoas ficaram feridas. Um dos motivos para esses números pode estar no aumento da circulação de motociclistas fazendo entregas durante o isolamento social.

Esse cenário também foi percebido pelas equipes do Hospital Universitário Cajuru, que é referência em traumas e atende grande parte das vítimas de acidentes de trânsito em Curitiba (PR) e região. O coordenador médico do hospital, José Rodriguez, confirma que os principais casos atendidos são de acidentes envolvendo motociclistas e explica que são muitos detalhes no atendimento a esse tipo de trauma. “Os acidentes de moto contam com variáveis que precisam ser analisadas. Nesse sentido, quem faz o primeiro atendimento deve avaliar o cenário do trauma como um todo, pois com esse processo é possível ganhar tempo, identificar as lesões e realizar o procedimento adequado o quanto antes. No caso dos motociclistas, os principais traumas são de crânio encefálico e traumas de membros como fraturas, amputações ou perda permanente dos movimentos, além dos traumas internos”, reforça o médico.

E com o aumento no atendimento a acidentes, a necessidade de bons estoques de sangue também cresce. O gerente médico do Hospital Universitário Cajuru, José Augusto Ribas Fortes, destaca que a doação de sangue é um ato imprescindível para ajudar muitas vidas. “A cada doação, uma pessoa doa em torno de 450 ml de sangue, o que pode auxiliar até quatro pacientes”, afirma. O médico também esclarece sobre a segurança no ato de doar. “Com a pandemia da Covid-19, muitas pessoas ficaram com medo de manter a rotina de doações, porém todos os materiais utilizados são descartáveis e os profissionais são preparados para receber os doadores com muito cuidado, dentro dos protocolos do combate ao Coronavírus”, conta.

Requisitos

A doação de sangue é um gesto voluntário e há alguns requisitos estabelecidos pelo Ministério da Saúde para doar. Entre eles, ter idade entre 16 e 69 anos, sendo que os menores de idade devem ser acompanhados de responsáveis legais e os idosos entre 60 e 69 anos só podem doar se forem doadores frequentes. Também é necessário pesar no mínimo 51kg; estar bem alimentado, evitando alimentos gordurosos; ter dormido seis horas nas últimas 24 horas e apresentar um documento oficial com foto. A frequência máxima por ano é de quatro doações de sangue para o homem e de três para as mulheres.

Outros impedimentos temporários são gripe, resfriado e febre, precisando aguardar sete dias após o desaparecimento dos sintomas. De acordo com a diretora geral do Centro de Hematologia e Hemoterapia do Paraná (Hemepar), Liana Andrade Labres de Souza, em casos de Covid-19, é preciso verificar como foi o processo de infecção e melhora da doença. “Pessoas que contraíram de forma leve podem doar sangue após 30 dias de cura completa. No entanto, para aqueles que contraíram de forma mais grave, com internação, intubação e uso de oxigênio, devem esperar o restabelecimento completo do organismo, o que pode levar até um ano”, afirma. Liana ainda reforça que, para aqueles que desejam realizar a doação voluntária e já contraíram Covid-19 de forma leve, é preciso informar o banco de sangue na hora de preencher o formulário de coleta.

Devido à pandemia, é preciso agendar horário para realizar a doação. Mais informações estão disponíveis no site da Secretaria da Saúde do Paraná (www.saude.pr.gov.br).

Redação

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