Panorama da Obesidade em Crianças e Adolescentes traz dados nacionais e estaduais

Realizado pela primeira vez em 2019, o Panorama da Obesidade em Crianças e Adolescentes ganha segunda edição. Lançada pelo Instituto Desiderata, a publicação reúne dados recentes do Sistema de Vigilância Alimentar, do Ministério da Saúde, que ajudam a entender o cenário da obesidade infantojuvenil no Brasil e no mundo, com destaque para o estado do Rio de Janeiro. O levantamento também faz um comparativo desde 2009 e destaca os desafios e oportunidades para o controle da doença.

Mundialmente, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), são cerca de 40 milhões de crianças com menos de 5 anos com obesidade e 340 milhões de crianças e adolescentes de 5 a 19 anos apresentam sobrepeso ou obesidade. Nas últimas quatro décadas, aumentou de 1% para 6% em meninas e de 1% para 8% em meninos. No Brasil, uma a cada três crianças (cerca de 14,4 milhões) estão com sobrepeso ou obesidade. Se a realidade não mudar, o país caminha para se tornar, em dez anos, o quinto em número de crianças afetadas pela obesidade.

Caracterizada pelo excesso de gordura corporal, a doença pode causar prejuízos à saúde da criança e aumentar o risco de desenvolver outras condições crônicas na vida adulta. Entre elas, diabetes, hipertensão e doenças cardiovasculares e respiratórias.

Obesidade infantil no Rio de Janeiro

Entre crianças de 2 a 5 anos e adolescentes de 10 a 19, Rio de Janeiro ocupa o quinto lugar entre os estados com maior número de crianças com obesidade. Entre crianças de 5 a 9 anos, o Rio está em sexto lugar:

Tabela Nacional: Obesidade em faixas etárias por Estado (%) no ano de 2019, dados SISVAN

Ainda no estado do Rio, entre crianças e adolescentes de 10 a 19 anos, a obesidade saltou de 6,1% para 12,3% na última década. No município, o quadro também é preocupante: passou de 5,3% para 8,8%, enquanto o índice da doença em nível grave, de 5 a 9 anos, foi de 4,7% para 7%.

Conhecer os dados é fundamental para monitorar o avanço dessa epidemia e orientar a criação de políticas públicas adequadas. “Quando olhamos os dados por faixa etária no Brasil, vimos que eles se comportam de forma diferente em cada estado. Esse é um exemplo de como o panorama pode orientar a investigação de informações para subsidiar a implementação de políticas públicas específicas”, reforça Roberta Costa Marques, diretora do Instituto Desiderata.

Com o avanço da doença, um problema de saúde de ordem global, fica cada vez mais evidente a urgente necessidade de políticas e programas que orientem os sistemas de saúde e toda a sociedade para a redução desses índices. Além de acompanhar a evolução dessa condição entre crianças e adolescentes, é fundamental garantir ambientes que proporcionem uma vida mais saudável desde a infância. Algumas ações são essenciais para reverter esse cenário, como garantir o acesso à alimentação adequada e a prática de atividades físicas, além de impostos, rotulagem clara e regulamentação da publicidade aplicados a produtos não saudáveis, entre outras.

Informações: desiderata.org.br/temas/obesidade-infantojuvenil

Redação

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