Parto e Dor: até quando vão andar juntos?

Quem disse que o momento do parto precisa ser tenso e doloroso? Em tempos mais antigos, com a introdução da Medicina no trabalho de parto, a gestante era submetida a intervenções desnecessárias e posições desconfortáveis. Hoje em dia, com vários estudos e métodos descobertos, a vinda do bebê para o mundo externo pode ser encarada de uma forma leve e descontraída. Graças aos chamados métodos não-farmacológicos – que não utilizam medicamentos -, que são um conjunto de atividades que não intervém na naturalidade do trabalho de parto, mas que  aliviam a dor, reduzem a ansiedade e auxiliam no desenvolvimento de todo o processo do parto.

Dentre o vasto leque de métodos existentes, a utilização da aromaterapia, musicoterapia, dança, cromoterapia, massagens, exercícios pélvicos – como uso da bola suíça e agachamentos -, exercícios respiratórios e banho morno são os mais utilizados. No Hospital e Maternidade Nossa Senhora de Lourdes (HEMNSL), em Goiânia (GO), a equipe da residência em Enfermagem Obstétrica aplica  a aromaterapia, cromoterapia, dança e a musicoterapia diariamente em sua rotina, desde 2016. “A diferença é que cada método é flexível e pode ser adaptado, dependendo do período do trabalho de parto que a mulher estiver, respeitando sempre sua individualidade”, explica a residente em Enfermagem Obstétrica, Aline Coelho.

Explicando o parto – O trabalho de parto se divide em duas fases: a latente e a ativa. A fase latente se inicia quando as contrações uterinas se estabelecem de maneira regular, com presença de dilatação de até quatro centímetros. Já na fase ativa, as contrações mantém a sua regularidade e a dilatação é progressiva, até atingir os 10 centímetros, chegando ao seu total. As sensações expressadas pelas mães são de excitação e apreensão, com um misto de dores frequentes e intensas.

Em todo esse processo, o nível de adrenalina aumenta e, com ela, vem o estresse, medo e ansiedade. Esse misto, aliado à falta de informação, levam mães a optarem pelo parto cesáreo. Esse cenário tem sido mudado graças à estratégias implantadas nas unidades de saúde que garantem à gestante um momento singular, respeitando seus significados, devolvendo seu direito de ser mãe com humanidade e segurança, permitindo o respeito, a solidariedade e o amor pelo ser humano e alcançando o princípio da humanização do parto, justamente para diminuir o risco de utilização de medicamentos desnecessários e seus efeitos colaterais tanto para a mãe quanto para o bebê.

“A maioria das mães do HEMNSL tem boa aceitação, pois, ao informarmos os benefícios e a eficácia da utilização desses métodos, elas se sentem mais seguras e menos ansiosas. Os exercícios são diversos e sempre oferecemos a opção para a paciente escolher o que ela se sentir mais confortável”, relata Aline. Além de uma equipe de Enfermagem Obstétrica ativa, que acompanha a gestante durante todo o processo de atendimento, a unidade possui também uma equipe multiprofissional, com o atendimento do serviço de fisioterapia e psicologia à disposição da gestante.

Redação

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