Estudo elaborado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), www.oecd.org/health/obesity-update.htm com dados de 2017, revelou que um em cada dois adultos e que pelo menos uma entre seis crianças, estão acima do peso ou obesos, nos 36 países desenvolvidos que compõem a Organização.
Outros resultados de destaque foram que as taxas de obesidade em adultos são mais altas nos Estados Unidos, México, Nova Zelândia e Hungria, enquanto elas são mais baixas no Japão e Coréia. Prevê-se que as taxas de obesidade aumentem ainda mais até 2030, e Coreia e Suíça serão os países onde as taxas de obesidade devem aumentar em um ritmo mais acelerado.
NO BRASIL
A Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), realizada anualmente pelo Ministério da Saúde por meio de entrevistas telefônicas, revelou em 2018 o dado alarmante que metade da população apresenta sobrepeso e a obesidade atinge um em cada cinco brasileiros. A edição de 2018 foi elaborada com base em 52.395 entrevistas entre fevereiro e dezembro de 2017, feitas com pessoas maiores de 18 anos nas 26 capitais do país e no DF.
O crescimento da obesidade foi maior entre adultos nas faixas de 25 a 34 anos e de 35 a 44 anos. O critério utilizado para a avaliação foi o Índice de Massa Corporal (IMC) – a partir dele é possível identificar complicações metabólicas e riscos para a saúde.
Plataforma SINQUE
Mas porque a perda de peso, porque a obesidade?
Os fatos e números apresentados indicam que “peso e obesidade são a base para mais de 30 doenças” www.niddk.nih.gov/health-information/weight-management/health-risks-overweight e que 50% dos trabalhadores nos países desenvolvidos precisam perder peso. Isso causa um problema enorme no ambiente de trabalho, com redução de produtividade dos profissionais colaboradores e impacto direto e enorme na gestão dos custos das empresas www.cdc.gov/workplacehealthpromotion/health-strategies/obesity/evaluaton-measures/worker-productivity.html.
Com o objetivo de mitigar os problemas causados pelo peso, principalmente no ambiente corporativo, o médico e empreendedor Renato Romani criou a startup de saúde EW2Health.
Após quatro anos de trabalho e investimentos de mais de 300.000 euros em suas operações na Holanda, EUA e Brasil, a empresa desenvolveu aSinque, uma plataforma de relacionamento inovadora para a gestão da saúde preventiva que ajuda a motivar o peso adequado e potencializar o processo de perder peso de seus usuários.
A plataforma Sinque chega agora ao Brasil com a expectativa inicial de atingir 800.000 vidas. Ela é composta de App e monitor/balança que por meio de um algoritmo de Inteligência Artificial “aprende” com a flutuação natural do peso para projetar a faixa de peso de cada usuário do App com duas semanas de antecedência e mostrar se ele está no caminho correto.
Dessa forma o Sinque é a única ferramenta com base científica que valida no curto prazo o esforço das pessoas em melhorar o próprio peso. Isso motiva a aderência aos programas de perda de peso.
Renato explica que “manter a motivação para a mudança de comportamento é um fator decisivo para a melhora do peso das pessoas”. O peso é uma medida dinâmica, mas nós o representamos em um único número. Nosso peso muda ao longo do dia. Pode ser enganador ver o seu peso como apenas um número e desmotivação incrível se o usuário não estiver recebendo as informações corretas sobre suas lutas para perder peso.
Renato Romani, MD, é brasileiro de nascimento e reside na Holanda. No país, sua empresa foi uma das 10 selecionadas entre mais de 500 e-health companies a participar do programa de aceleração da Rockstar (uma das maiores aceleradoras da Europa). Após o programa de aceleração, a EW2Health está instalada no The Hague Tech (THT), hub de inovação da Holanda.
Médico de medicina esportiva que luta com seu peso desde que saiu da universidade, Renato acredita ter missão pessoal e social com o Sinque. Ele argumenta que não se trata apenas de saber que existe um problema, mas sim de criar uma solução real, em conjunto com os profissionais de saúde, que possa ajudar a mudar o comportamento. “Eu sei muito sobre células, fisiologia, o que não importa. No final, quero comer pizza, não tenho tempo para pensar nisso, é um comportamento”, e ele aposta que o Sinque venha contribuir decisivamente na mudança desse comportamento.
Diferenciais do Sinque em comparação ao grande número de aplicativos de saúde disponíveis para download hoje
Primeiro o foco nas pessoas que estão obesas e com sobrepeso; segundo uma linguagem menos fitness e mais wellness (balanceado, com foco na pessoa e não apenas no resultado); e por último facilitando o acesso das pessoas a profissionais qualificados. Por exemplo, nessas aplicações, notadamente as relacionadas ao fitness, tem como foco as pessoas motivadas que já estão em forma. Existem soluções que estão sendo usadas por pessoas que querem melhorar sua condição física ou manter seu nível atual, e não indivíduos com excesso de peso, que precisam por razões médicas.
Renato afirma que o objetivo é o de levar informação que tem que fluir de forma leve, ágil e de impacto para motivar as pessoas a mudar de comportamento. Afinal quem não quer saber o seu próprio peso daqui a duas semanas ?
Depois de quatro anos de trabalho e mais de 3.500 usuários do Sinque, ficou provado que a informação certa gera a motivação necessária para a mudança. Agora o objetivo passa a ser escalar no mercado. “Sinque é uma ferramenta para profissionais da saúde e para gestores de RH, ajudando-os a ver se seus clientes e colaboradores estão atingindo seus objetivos de maneira fácil e não conflituosa”, finaliza Renato.