Primeiro livro brasileiro sobre Sustentabilidade na Saúde aponta caminhos para gestão estratégica de ESG em organizações do setor

Podia jogar tudo para o alto e ir para o mercado buscar outro emprego. Mas por que não
olhar para as deficiências que eu conhecia naquele hospital e, a partir daí, criar uma nova
oportunidade, unindo meu potencial técnico aos meus princípios e valores?” Desse dilema
surgiu o 1º departamento de Sustentabilidade formalmente instituído em um hospital público no Brasil.
– Alexandre Hashimoto

Assim começou a trajetória de Alexandre Hashimoto em Sustentabilidade, 15 anos atrás, um dos precursores desta vertente no Brasil. A partir dali o projeto enfileirou bons resultados e ajudou a construir uma sólida carreira no segmento da Saúde. Atuou como gestor, executivo e consultor em diversos nichos do mercado, como hospitais, saúde suplementar, Unidades de Pronto Atendimento (UPA) e Atenção Primária, com projetos realizados de Sul a Norte do Brasil.

Agora, Alexandre publica o livro ‘Gestão de Sustentabilidade em Organizações de Saúde – Um Estudo de Caso’. A obra, inédita no Brasil, é baseada no estudo de caso do Hospital Municipal de Cubatão (SP), uma das primeiras unidades públicas da América Latina e a primeira no Brasil a implantar um departamento de Sustentabilidade Corporativa.

Em dois anos de trabalho havia sido construída uma forte cultura em torno do tema e em consonância com a cultura organizacional, gerando substancial redução de custos; minimização do impacto ambiental; melhoria na qualidade e na resolutividade do atendimento e aumento do nível de governança corporativa, o que levou o hospital a receber visitantes de todo o Brasil, bem como ser convidado a expor seu case em países como Argentina, Holanda e Reino Unido.

Dividido em três temas principais – Desenvolvimento Econômico, Gestão Ambiental e Responsabilidade Social –, o livro aborda de maneira detalhada o caminho feito para a implantação do projeto, os resultados propostos, além de uma diversidade de ações e programas que foram desenvolvidos para o alcance dos objetivos estipulados. A obra ainda oferece diretrizes atuais e inovadoras focadas na implantação da estratégia ESG (em inglês Environmental, Social and Governance), com base em padrões globais capazes de ampliar a eficiência e a competitividade das organizações e dos sistemas de Saúde.

A área de Sustentabilidade deve existir como um setor independente e possuir responsabilidades e objetivos como qualquer outro departamento na empresa, tendo um orçamento atribuído, metas a cumprir e, principalmente, ser gerenciada por um profissional com dedicação integral e de reconhecida competência, seja este formado na própria instituição ou oriundo do mercado. (Gestão em Sustentabilidade nas organizações, p. 110)

Conceitos como eficiência operacional, consumo consciente e protagonismo social devem ser plenamente aplicados à realidade da Saúde nacional, mostrando que Sustentabilidade não é sobre “estar na moda”, mas sim uma questão de sobrevivência, das empresas e do próprio planeta. Para Alexandre, embora o negacionismo ainda seja presente na sociedade, ano após ano, os noticiários com as catástrofes climáticas nos mostram a realidade nua e crua.

“A sustentabilidade é parte fundamental da Saúde 4.0 e, infelizmente, no Brasil essa realidade ainda é muito distante, entre discurso e prática por parte dos serviços de Saúde, tanto por falta de interesse como pelo desconhecimento técnico e principalmente do potencial de retorno do ESG nos negócios”, explica Alexandre, ao lembrar que os gargalos da Saúde no país se intensificam cada vez que uma instituição ou unidade deixa de operar.

Segundo pesquisa da Federação Brasileira de Hospitais (FBH) e Confederação Nacional de Saúde (CNS), na última década, quase 1,8 mil hospitais privados fecharam as portas no país, uma perda de mais de 31 mil leitos. Já segundo a Confederação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos (CMB), de 2017 a 2022, um total de 315 instituições filantrópicas e Santas Casas tiveram que encerrar seus serviços por falta de recursos.

“A real sustentabilidade de uma organização ou de um ecossistema de Saúde se traduz, na verdade, na capacidade de se manter de portas abertas por um longo período. Isso vai muito além da relação com o Meio Ambiente, como acaba sendo amplamente difundido”, conclui o autor.

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Autor: Alexandre Hashimoto é Bacharel em Administração de Empresas (UNAERP); Especialista em Gestão e Negócios (Business Institute International), com extensão em Intraempreendedorismo e Governança Corporativa (Babson College – EUA); Doutor em Sustentabilidade e Empreendedorismo (University Martin Lutero – EUA). Atua como consultor, palestrante e treinador em temas como Sustentabilidade, Planejamento e Gestão para a Saúde e outros segmentos. É mentor de startups e lideranças sociais e professor em pós-graduações.

Redação

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