Princípios e valores éticos são critérios para escolha de fornecedores, em hospital referência no Brasil

A 23ª Reunião do Conselho Consultivo do Instituto Ética Saúde, realizada em 14 de setembro, na sede da Associação Brasileira da Indústria de Tecnologia para Saúde (ABIMED), em formato híbrido, teve como destaque a palestra “Gestão de Compliance no Hospital Albert Einstein: ações concretas que podem contribuir para um ambiente mais ético no setor de saúde”, ministrada pela diretora de Auditoria, Gestão de Riscos e Compliance, Viviane Souza Miranda, e pela gerente de Compliance e Conselheira de Administração do IES, Vanessa Queiroz Torres. Participaram representantes da ABRAIDI, CBDL, FEHOESP/SINDHOSP, FENASAÚDE, IBROSS, IBSP, OSB, SOBECC, UNIDAS e integrantes do Conselho de Ética do IES.

Para o presidente do Conselho de Administração do IES, Eduardo Winston Silva, é preciso propor ações que sejam efetivas e que, na prática, se perceba que elas funcionam e que as relações estão se tornando mais éticas. “Neste sentido de colaboração horizontal, temos o exemplo do Hospital Albert Einstein, que explicita seus valores e começa a exigir que seus fornecedores estejam aderentes a esses princípios”, introduziu as convidadas.

Viviane Souza Miranda salientou que programas de integridade aumentam a competitividade das instituições e ajudam a reduzir custos. “Estamos sempre revendo os processos e controles e tendo a oportunidade de reavaliar os excessos”. Ela destacou que o Programa de Compliance do Einstein já tem oito anos e que o hospital foi o pioneiro no Brasil. Detalhou os pilares do programa: a estrutura independente; o processo de avaliação de riscos, a gestão de políticas e procedimentos; o plano de comunicação e treinamento; as ações de monitoramento e auditoria e o funcionamento do canal de denúncias. “O apoio da alta administração e a independência são fundamentais. Tocamos em temas delicados e, se não tivermos liberdade para poder atuar, não evoluímos”, disse.

A gerente de Compliance do Hospital complementou sobre os critérios de escolha de fornecedores. “Desenvolvemos o índice de avaliação e desempenho de fornecedor, do ponto de vista comercial, de qualidade, de reputação, de sustentabilidade e de aspectos comerciais. O objetivo é ter uma cadeia de fornecimento na saúde mais alinhada à princípios e valores de ética, integridade e sustentabilidade”, afirmou Vanessa Torres.

As atividades recentes do Instituto Ética Saúde também foram apresentadas na reunião, com destaque para a reativação do Grupo de Trabalho Jurídico, transformado em Grupo de Trabalho Jurídico e Autorregulação. “A ideia é colocar, em especial, o Conselho Consultivo nesta ação, com dois representantes de cada associação, para dialogarmos sobre todas as necessidades efetivas do setor”, explicou o diretor executivo do IES, Filipe Venturini.

O executivo de Relações Institucionais do Instituto, Carlos Eduardo Gouvêa, citou também os eventos recentes e futuros com participação do IES; o andamento da pesquisa ‘índice da percepção da corrupção na saúde’, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas; e a entrada da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde) no Conselho Consultivo do IES, em agosto.

Redação

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