Pró-Rim atinge a marca de 1.800 transplantes renais

No ano de 2020, a Pró-Rim realizou em parceria com o Hospital Municipal São José, de Joinville (SC), 54 transplantes renais, um número muito abaixo dos anos anteriores devido às circunstâncias vividas ao longo do ano. “Apesar do resultado não chegar próximo da nossa expectativa, ficamos felizes que muitas vidas foram transformadas através dos transplantes renais. Temos que lembrar que não são apenas números, mas pessoas e famílias impactadas por uma melhor qualidade de vida e de saúde”, comenta o presidente da Fundação Pró-Rim, Dr. Marcos Alexandre Vieira.

Os desafios impostos pela pandemia

Prevenção foi a palavra de ouro e de ordem para este ano. Os pacientes renais crônicos que aguardam a doação de um rim tiveram que redobrar os cuidados com sua saúde, já debilitada por conta da doença, e ter mais paciência na liberação e execução dos procedimentos de transplante.

“Os pacientes renais em geral fazem parte do grupo de risco por conta da baixa imunidade, e muitos deles apresentam outras doenças crônicas, como diabetes e hipertensão. Por isso, nós ampliamos e intensificamos os processos de prevenção ao contágio do vírus para garantir a segurança tanto dos pacientes quanto dos profissionais envolvidos nos procedimentos e atendimentos”, enfatiza o diretor clínico Dr. Franco Kruger.

Outros fatores que impactaram no baixo número de transplantes foi a queda no número de doações de órgãos e a limitação dos hospitais em disponibilizar leitos para os transplantes. “As instituições de saúde solicitaram a suspensão das cirurgias por alguns períodos e isso, impactou muito no número de transplantes realizados ao longo do ano. Na medida em que conseguirmos controlar a pandemia, principalmente com a vacina, os números de casos deverão diminuir e com isso, os hospitais poderão voltar a atender os demais procedimentos de forma rotineira, incluindo os transplantes”, explica a médica nefrologista e coordenadora dos Transplantes da Pró-Rim, Dra. Luciane Deboni.

Celebração aos 30 anos de transplante

Entre os primeiros pacientes que fizeram o transplante está o senhor Osmar Muller, de Joinville (SC). Em 2020, ele completou 30 anos de transplante. O órgão foi doado por um de seus irmãos. No ano em que o paciente Osmar fez o procedimento, em 1990, apenas 15 transplantes foram realizados no mesmo ano. A média anual de transplantes renais, realizados pela Pró-Rim, é de 100 procedimentos nos últimos 10 anos.

“Foi tudo muito rápido, eu era um dos pacientes mais jovens na hemodiálise, tinha 28 anos e muita vida pela frente”, relembra. Para melhorar a qualidade de vida, foi sugerido ao paciente o transplante com a doação do rim de um dos seus familiares. “Tive a sorte de ter alguém compatível na minha família, eu nasci novamente pela generosidade do meu irmão”, enfatiza.

Vidas transformadas, esperanças renovadas

O transplante pode significar vida nova e esperança para muitas pessoas. Assim foi com o Bruno Moraes Agostinho, de 15 anos, que aguardou a doação de um rim para voltar a rotina de vida normal dos jovens da sua idade.

Hoje, ele comemora o primeiro ano do transplante renal e enfatiza a importância da doação de órgãos para as pessoas que aguardam pelo transplante. “Gostaria muito de conhecer a família que fez essa doação e agradecer. Sei que eles perderam um filho, isso é muito triste, mas também deram a chance para outra vida”, comenta Bruno.

Outra paciente que está super feliz com o transplante renal é a Edinalva Dias de Oliveira, que veio de Marabá (PA) para Joinville em busca de uma chance de vida. Depois de três meses de tratamento na Fundação Pró-Rim, ela recebeu a tão esperada ligação junho de 2018: “Eu estava dormindo, parecia que era um sonho! Foi a melhor ligação da minha vida”.

Redação

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