Professora inspira alunos e fortalece mulheres na luta contra o câncer

A professora de educação infantil Rosa Cristina Delfino Dagomar foi diagnosticada com câncer de mama aos 38 anos. Os exames de rotina indicaram a presença de um nódulo que exigiu cirurgia, quimio e radioterapia e, consequentemente, o afastamento temporário de suas funções no Centro Municipal de Educação Infantil (Cmei) Arnaldo Agenor Bertone, no Sítio Cercado, em Curitiba (PR). Quatro anos depois, recuperada, Rosa sempre retorna ao Hospital Santa Cruz, onde realizou o tratamento, para apoiar outras mulheres. Este ano, a professora compartilhou com as pacientes cartas de esperança produzidas por seus pequenos alunos.

As crianças têm entre 4 e 5 anos e estão em processo de alfabetização. “Temos o costume de sentar com elas em roda para que elas possam se expressar livremente. Em um desses momentos, falei da importância de dar apoio às pessoas que estão doentes, que precisam tomar medicamentos tão fortes que fazem cair os cabelos, e disse que iria ao hospital para visitar essas pessoas. Foi então que elas fizeram os desenhos e me pediram ajuda para escrever algumas palavras como ‘linda’ e ‘maravilhosa’”, conta a professora.

Além disso, Rosa convidou os pais e outros professores para contribuir com lenços e produtos de higiene para serem doados a hospitais e organizações de apoio à pacientes com câncer. “Durante meu tratamento recebi todo o apoio dos amigos, dos colegas de trabalho e da família. Eles estiveram sempre comigo. Procuro retribuir”, completa a professora. As cartinhas dos alunos de Rosa agora fazem parte da árvore de Natal do setor de oncologia e podem ser lidas por todas as pacientes que lutam contra o câncer.

Segundo a gerente assistencial do Hospital Santa Cruz, a enfermeira Mariane Cavalheiro, essas ações são muito importantes para os pacientes que passam por longas sessões de quimio e radioterapia. “O apoio da família é fundamental, mas na ausência de parentes ou amigos próximos, são os voluntários que assumem o papel de amparar os que estão em tratamento”, explica. “Tive a oportunidade de, por meio da doença, descobrir que posso viver melhor e ajudar o próximo a passar por tudo isso, ser uma inspiração. Às vezes a lembrança da doença traz tristeza, mas sei que sou capaz de superar, de transformar isso em boas ações. É isso que me deixa feliz e me faz continuar”, finaliza a professora Rosa.

Redação

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