Projeto foca na reabilitação de pacientes críticos pós Covid-19 no SUS

Promover a retomada segura das atividades hospitalares eletivas anteriores à pandemia da Covid-19, e apoiar a implementação de um plano de reabilitação em enfermaria para pacientes que saíram recentemente da UTI por conta da Covid-19 são os objetivos do mais novo projeto do PROADI-SUS, o “Reabilitação COVID-19”, lançado oficialmente na última quinta-feira (5) em solenidade no Instituto Sírio-Libanês de Ensino e Pesquisa, em São Paulo (SP).

O projeto é executado pelo Hospital Sírio-Libanês no âmbito do PROADI-SUS – Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde, do Ministério da Saúde. Também apoiam a iniciativa o CONASS (Conselho Nacional dos Secretários de Saúde) e CONASEMS (Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Saúde).

Os principais entregáveis do projeto são: implementação de Leitos de Cuidados Prolongados/Reabilitação nos Hospitais, melhorar o fator de utilização dos leitos crônicos, redução do tempo médio de permanência dos pacientes críticos crônicos pós Covid-19, capacitação das equipes e Plano de Alta Segura, utilizando principalmente as metodologias Lean e Ágil.

Para o Secretário de Atenção Especializada (SAES) do Ministério da Saúde, Luiz Otavio Franco Duarte, a iniciativa reforça a importância do PROADI-SUS para o Sistema Único de Saúde. “Esse binômio muito bem aproveitado pelo sistema público e privado dá o alicerce para que o SUS alcance a excelência e promova qualidade de vida para seus usuários”, destaca o Secretário.

De acordo com Andrezza Serpa, diretora do departamento de gestão de ações estratégicas (SAES/MS), a ideia do projeto surgiu a partir da experiência bem-sucedida do Hospital Pedro Ernesto (RJ). “A partir do modelo do Pedro Ernesto, notamos a necessidade da criação de protocolos bem definidos para melhorar a qualidade de atendimento para pacientes pós-Covid no SUS, evitar o desperdício e girar mais leitos.”

Segundo a Dra. Amanda Santos Pereira, médica líder do projeto Reabilitação pós Covid-19, um dos objetivos do projeto é evitar o desperdício de recursos dentro dos hospitais. “Com a metodologia Lean, o paciente não permanece por tempo desnecessário à sua condição clínica na UTI, gerando uma melhoria no giro de leitos e estabelecimento de uma linha de cuidado segura entre o cuidado hospitalar e a Atenção Primária”, destaca.

A Dra. Amanda destaca ainda a importância da abordagem integrada. “Segundo a AMIB -Associação Brasileira de Medicina Intensiva, a média de permanência de um paciente com Covid-19 nas UTIs é de 12 dias, sendo que o paciente com Covid-19 é um paciente que por si só já apresenta mais comorbidades. Esses pacientes demoram em média 20 dias para receber alta mesmo após saírem da UTI”, explica a líder do projeto.

“Vamos olhar para o paciente em reabilitação pós terapia intensiva em tratamento da Covid-19 e que necessitam de leito de cuidado crônico, com foco na integralidade do cuidado. Nosso objetivo é devolver a funcionalidade do paciente, ou seja, que possam se recuperar plenamente e retomar suas atividades em sociedade”, complementa a Dra. Christina May, Coordenadora Médica do Serviço de Reabilitação do Hospital Sírio-Libanês e patrocinadora do projeto.

Para o Dr. Welfane Cordeiro, coordenador médico do projeto Lean nas Emergências, do PROADI-SUS, a iniciativa chega em um momento crucial para a saúde pública. “Estamos vivendo um momento onde os pacientes crônicos estão retornando ao sistema de saúde, com possibilidade de sobrecarregar os hospitais, que por sua vez também estão sobrecarregados com o atendimento a pacientes”, explica.

Para Rodrigo Wilson, Gerente de Projetos do Hospital Sírio-Libanês, esse projeto vem em um momento muito importante. “Essa iniciativa busca melhorar os processos nesses hospitais, para que consigamos esvaziar as UTIs em tempo adequado e oferecer o cuidado integrado”.

A palavra dos beneficiados

Para o Dr. Daniel de Holanda Araújo, Diretor do Hospital Geral de Fortaleza, participar do projeto será uma oportunidade de promover uma retomada ampliada e segura. “O HGF é o maior hospital público da rede estadual do Ceará e é referência em procedimentos de alta complexidade. Esse projeto será essencial para minimizar os efeitos da pandemia na dinâmica interna do hospital, além de retomar as atividades assistenciais eletivas de maneira segura, além de ter um olhar com foco no médio e longo prazo com foco em pacientes crônicos não Covid”.

O Diretor do Hospital Municipal de Contagem (MG), Mario Caliari Corteletti, também destaca a importância de participar da iniciativa. “Nosso hospital já participa do projeto Lean nas Emergências, do PROADI-SUS, e esse projeto será fantástico para nós, pois tivemos um pico de Covid-19 considerado tardio. Ao participar do projeto, pretendemos atuar como multiplicadores na região”.

O projeto “Reab pós COVID-19” passará inicialmente por cinco hospitais públicos e filantrópicos em cinco regiões do Brasil: Hospital Geral de Fortaleza (CE), Hospital de Base (DF), Hospital Municipal de Contagem (MG), Hospital Geral de Palmas (TO) e Hospital Geral do Trabalhador (PR).

A iniciativa também fará a doação de diversos equipamentos de reabilitação, para possibilitar a excelência do cuidado ao paciente no âmbito do projeto. A fase piloto começa em novembro e terá a duração de 31 dias úteis. Na solenidade de lançamento foi firmado o termo de adesão e compromisso do projeto entre o Ministério da Saúde, Hospital Sírio-Libanês e os cinco hospitais beneficiados.

Redação

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One thought on “Projeto foca na reabilitação de pacientes críticos pós Covid-19 no SUS

  1. Sou Carina Paiva Ricci, tive convide e portadora da esclerose múltipla, moro sozinha, sendo que meu ex marido retirou meu casal de meus do convívio com a mãe. Sendo assim os tirou do convívio da escola. Eu tenho vida sub-humano. Moro de favor até qdo eu não sei. Passo mal pelo parte psicológica ele retirar meus filhos, e eu aqui morando RJ tive início do divórcio até protetiva, agora sem amparo algum. Me retirou há 980 km de casa prometendo tudo, tivemos dois difluis. Muito violento, e pegou a guardavassim ele como o supremo idiota mor ficar com os filhos me privando de ser a mãe deles. Sendo que descobri as traições e a violência verbal que sofri durante 10anos. Tive Covid e as forças diminuíram. Assim o desabafo ele retirou duas crianças do meu convívio e fazendo que eu entre surto neurol da minha doença. Saíram do RJ eu nunca autorizei nada. E foram para fortaleza.
    Não suporte mais esse pos covid.

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