Projeto MicroArte mobiliza colaboradoras do laboratório de análises clínicas do Hospital Evangélico de BH

Projeto inédito do Núcleo de Imprensa e Cultura do Hospital Evangélico de Belo Horizonte (MG), o Workshop MicroArte foi inaugurado com a presença de 20 das 40 técnicas em Patologia Clínica e de Microbiologia do laboratório da instituição. Elas foram convidadas a reproduzir, em aquarelas, as imagens que observam no microscópio. A ação aconteceu nos dias 22 e 23 de junho.

Com duração de cerca de 2 horas, a iniciativa foi um momento para despertar a criatividade e tirar do anonimato as colaboradoras que, embora invisíveis aos olhos do público em geral, são responsáveis pelos laudos que conduzem todo o atendimento médico hospitalar, desde a definição do diagnóstico até a prescrição do tratamento.

A rede Hospital Evangélico tem dois laboratórios, sendo um na unidade hospitalar do bairro Serra, na região Centro-Sul de Belo Horizonte e outro na Nefrologia de Venda Nova, além de setoriais em Contagem e Betim, na RMBH, e postos de coleta na Oftalmologia (Afonso Pena) e no Centro de Especialidades. O setor fornece média de 70 mil resultados de exames mensais, podendo chegar a mais de 100 mil no mesmo intervalo.

“São colaboradoras que trabalham em um ambiente fechado, com iluminação artificial. Têm uma rotina de processos bastante rígida e não têm contato com o público. O Workshop foi uma forma de valorizar as funcionárias do setor e mostrar a importância do trabalho que elas fazem para a rede HE, com novos olhares e significados por meio da arte”, explica a gerente do setor, Maisa Suelen de Oliveira Fernandes.

A artista plástica responsável pelo Workshop, Monica Bonilha, comenta que o projeto possibilitou colocar as profissionais ao ar livre e incentivar o desenvolvimento de da capacidade artística, um hobby que tem o poder de melhorar a qualidade de vida. “A arte traz bem-estar e uma sensação de relaxamento que precisa ser incorporada de alguma forma na vida de profissionais. No caso das técnicas de patologia clínica tanto mais, devido a uma rotina pesada e repleta de processos que demanda atenção total. Também abrimos espaço para que as participantes se encontrassem fora do ambiente de trabalho, o que aumenta a união da equipe”, ressalta.

Artista plástica e voluntária no projeto, Litza Alves destaca o uso das cores e das formas para gerar imagens bonitas. “O trabalho com aquarela é sempre muito delicado e rendeu resultados interessantes e que permitem diversas leituras e abordagens”, frisa.

Avaliação

Com dois anos de trabalho no laboratório de análises clínicas do He, Lorena Cordeiro da Silva contou que foi a primeira vez que ela pintou. “Achei relaxante. Vejo vídeos na internet das pessoas pintando e a gente não imagina o quanto é gostoso e prazeroso fazer. Eu quero de novo”, adiantou. Já Ana Maria Lopes, comentou que entrou como estagiária e que, depois de três anos, também aprovou o workshop. “É bom ver as formas mais abstratas”, destacou.

Letícia Ferreira Guizoni acaba de completar dois anos de trabalho na instituição. “Gostei da dinâmica porque aproxima a nossa equipe e nos possibilita descontrair da atividade rotineira, que é pesada”, disse. A veterana do grupo, com mais de 40 anos no HE, Elvita Batista de Jesus, brinca que é a mãe de todas as outras técnicas, reconhece que é tímida e não sabe desenhar, mas aprovou a iniciativa. ‘É bom tirar a tensão. Eu gostei”, conclui.

Para eternizar a experiência, as aquarelas produzidas durante a oficina serão transformadas em painéis plotados nas unidades do laboratório de análises clínicas do HE.

Redação

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