Projeto para Hospital Unimed Londrina traduz arquitetura hospitalar como espaço de convivência, acolhimento e inovação

O novo Hospital Unimed Londrina inaugura não apenas uma estrutura de média e alta complexidade, mas também um novo olhar sobre o papel da arquitetura hospitalar. Concebido pela Giacomo Arquitetura, o projeto rompe com a ideia de edifício exclusivamente técnico e funcional para assumir-se como espaço urbano vivo, que integra acolhimento, tecnologia e sustentabilidade em benefício de pacientes, familiares e profissionais.

Um dos diferenciais mais marcantes é a presença de áreas que reinterpretam as praças urbanas no interior do hospital. Espaços de convivência como o átrio central, o coffeeshop, o restaurante no terraço e a capela ecumênica criam áreas de socialização e introspecção que aproximam o hospital da vida cotidiana da comunidade. 

Essa abordagem segue uma tendência global de humanização dos ambientes de saúde, que valorizam a integração entre o edifício e a cidade e reconhecem que a recuperação vai além dos protocolos médicos: ela é profundamente influenciada pelo ambiente. Pesquisas internacionais comprovam que espaços híbridos, como cafés, jardins e ambientes contemplativos, evocam sensações de acolhimento e pertencimento, impactando positivamente a saúde mental, o bem-estar e a experiência de pacientes, visitantes e colaboradores.

O design do edifício foi concebido para acolher sensorial e emocionalmente. Inspirado em conceitos de healing environment, neuroarquitetura, biofilia e design salutogênico, o projeto buscou integrar natureza, luz natural e conforto acústico para criar uma atmosfera que apoia o processo de cura. Apartamentos e unidades de terapia intensiva foram posicionados em pavimentos elevados, garantindo vistas privilegiadas para as áreas verdes do entorno, enquanto o átrio central conecta os pavimentos com iluminação e ventilação naturais.

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O projeto, entretanto, não se limita ao conceito urbano e sensorial. Desde as fases iniciais, a escolha pela estrutura metálica foi determinante para assegurar flexibilidade e expansibilidade. O aço, 100% reciclável, não apenas reduziu prazos de execução e impacto ambiental, mas também garantiu liberdade de layout, maiores vãos e conforto acústico e térmico. Essa decisão estratégica dá ao hospital a capacidade de evoluir com a medicina, ampliando áreas e incorporando novos serviços sem comprometer a estrutura original.

Na dimensão tecnológica, o edifício foi planejado para receber equipamentos de ponta, desde sistemas robóticos para cirurgias minimamente invasivas até soluções de telemedicina e inteligência artificial. Apenas metade do terreno foi utilizada na fase inicial, o que assegura espaço para expansões futuras e centralização de serviços. O projeto inclui ainda shafts verticais e entre-forros generosos que facilitam manutenção e atualização contínuas, reforçando a longevidade do edifício.

A sustentabilidade, por sua vez, foi tratada como princípio transversal. O átrio central atua como canal de ventilação natural, reduzindo a necessidade de climatização artificial, enquanto a cobertura metálica do tipo sanduíche diminui a carga térmica e melhora o conforto acústico. O aproveitamento de águas pluviais e a adoção de um sistema pneumático para transporte de insumos refletem uma abordagem integrada que combina eficiência energética, racionalização de processos e menor impacto ambiental.

Com 38 anos de atuação em projetos de alta complexidade, a Giacomo Arquitetura reafirma com o Hospital Unimed Londrina seu compromisso em traduzir técnica e sensibilidade em espaços de saúde. O resultado é um edifício que rompe com paradigmas hospitalares rígidos, cria vínculos com a comunidade e reforça a ideia de que a arquitetura pode ser, ao mesmo tempo, instrumento de cura, empatia e inovação.

Redação

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