Projeto Reab pós-Covid-19 oferece apoio à retomada segura das atividades hospitalares

Nesta segunda-feira (23), o Ministério da Saúde iniciou mais um Ciclo do Projeto de Reabilitação pós-Covid-19 em parceria com o Hospital Sírio-Libanês. O projeto tem como objetivo ofertar ações de retomada segura das atividades hospitalares realizadas antes da pandemia e apoiar na organização do cuidado integral e reabilitação ao paciente de covid-19, pós-terapia intensiva, minimizando complicações e adequação ao tempo de internação – os modelos de atuação são presenciais e remotos. A iniciativa é realizada por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do Sistema Único de Saúde (PROADI-SUS), do Ministério da Saúde, com o apoio do CONASS (Conselho Nacional dos Secretários de Saúde) e CONASEMS (Conselho Nacional das Secretarias Municipais de Saúde).

Participaram do evento o diretor de Governança Clínica e patrocinador do projeto, Luiz Francisco Cardoso; a diretora de Compromisso Social da instituição, Vânia Bezerra; o secretário de Atenção Especializada do Ministério da Saúde (SAES/MS), Sérgio Yoshimasa Okane; a presidente do Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde de Goiás (CONASEMS/GO), Verônica Savatin Wottrich; a diretora do Departamento de Atenção Hospitalar e de Urgência da Secretaria de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde (DAHU/SAES/MS), Adriana Melo Teixeira; a coordenadora médica do Centro de Reabilitação Hospital Sírio-Libanês e patrocinadora do projeto, Christina May Moran de Brito; a coordenadora médica do projeto pelo Hospital Sírio-Libanês, Amanda Santos Pereira; o médico intensivista e pesquisador do hospital, Luciano Azevedo; os gerentes de projetos Marcos Saavedra e Carina Pires; e o diretor executivo, Edi Carlos Reis de Souza.

De acordo com Amanda Santos Pereira, neste triênio, o Reab pós-Covid-19 contará com cinco ciclos com quatro meses de duração cada, quando serão atendidas cinco instituições por vez. “Nossa expectativa é que este novo ciclo tenha resultados ainda mais expressivos, visto que teremos uma duração maior, enquanto o ciclo zero teve 30 dias úteis. É importante ressaltar as três principais importâncias desta iniciativa: promover a reabilitação dos pacientes; apoiar a retomada das atividades do hospital interrompidas por Covid; e implementar o protocolo de alta-segura”, afirma.

Ainda de acordo com a coordenadora médica do projeto, a cada ciclo será feito o diagnóstico da situação atual do hospital diante das adaptações realizadas para atender Covid-19; elaboração de plano de ação para retomada segura de atividades eletivas, como SADT, procedimentos e cirurgias eletivas, revendo fluxos, protocolos e produção possível; e apoio no processo de reabilitação dos pacientes críticos de Covid-19 pós-terapia intensiva. Para a nova etapa do projeto, foram selecionados o Hospital Regional Público Dr. Abelardo Santos (PA); o Complexo de Doenças Infecto Contagiosas Clementino Fraga (PB); o Hospital e Pronto Socorro Municipal de Cuiabá (MT); o Hospital Municipal Ronaldo Gazolla (RJ); e o Hospital de Clínicas de POA (RS). As instituições participantes são definidas pelo Ministério da Saúde junto ao CONASS e CONASEMS.

Para o Dr. Sérgio Okane, da Secretaria de Atenção Especializada à Saúde do Ministério da Saúde, “nosso próximo desafio é ir além destes dez hospitais e oferecer um tratamento de excelência na reabilitação a todos os hospitais do SUS. Todos devemos ser replicadores para a informação chegar ao paciente, que, hoje, sobre a sequela, mas não sabe que pode ser atendido pelo SUS. Do mesmo modo que não podemos baixar a guarda com as práticas de prevenção, devemos olhar a atenção do paciente de forma integral”.

Resultados

De acordo com Carina Pires, gerente do projeto pelo Sírio-Libanês, o ciclo anterior do projeto Reab pós-Covid-19 alcançou resultados importantes, como aumento de 26% na taxa de independência funcional – índice de barthel; aumento de 120% a taxa de agregação de valor desde a internação na unidade de cuidados prolongados até a alta hospitalar do paciente; adesão de 81% ao protocolo de alta segura; diminuição em 23% do tempo médio de permanência na unidade de cuidados prolongados; e diminuição de 37% no tempo médio de permanência na UTI.

O projeto utiliza a metodologia Lean, a mesma da iniciativa do projeto Lean nas Emergências também executado pelo Sírio-Libanês, o que permite promover a retomada segura das atividades hospitalares eletivas anteriores à pandemia, dependendo da dinâmica da doença nas regiões do Brasil, “além de uma maior organização e otimização dos serviços hospitalares, diminuição de desperdícios, melhoria do giro de leitos e estabelecimento de uma nova linha de cuidado entre os hospitais e a Atenção Primária à Saúde (APS). Estes pontos são fundamentais para fortalecer o cuidado integral do paciente em reabilitação”, concluiu Carina.

Redação

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