A Janssen, farmacêutica da Johnson & Johnson, em parceria com a Secretaria do Estado de Saúde de São Paulo (SES SP), as Secretarias Municipais de Saúde de Valinhos e Vinhedo e o Instituto de Pesquisa e Apoio ao Desenvolvimento (IPADS) está implantando o Projeto Linha de Cuidado em Depressão, que visa contribuir com o avanço das políticas de atenção à doença e criar uma metodologia que seja reaplicável nas unidades básicas de saúde. A expectativa é impactar mais de 250 profissionais da saúde das equipes de atenção básica, especializada e saúde mental e mais de 34 mil pacientes e seus familiares em Valinhos e Vinhedo neste primeiro momento.
Um dos pilares da iniciativa é o curso de formação que consiste em aulas presenciais e online com profissionais de saúde multidisciplinares da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS) para ampliar a capacidade diagnóstica e incentivar novas práticas de prevenção e tratamento, assim como de gestão do cuidado do paciente. Realizado em Valinhos e Vinhedo, a capacitação atendeu cerca de 70 profissionais, sendo médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e agentes de saúde, e concluiu suas atividades nesse mês.
Além da capacitação, o Projeto Linha de Cuidado tem como foco o desenvolvimento de materiais de orientação técnica e a formulação de linha de atenção à depressão incluindo fluxos assistenciais, indicadores avaliativos, sistema de notificação e tecnologias envolvidas nos diferentes pontos de atenção à saúde. “Esses materiais serão utilizados como base para a definição de uma linha de cuidado para depressão e construção de um manual de melhores práticas para o atendimento à doença nas unidades básicas de saúde, ambos com previsão de lançamento ainda no primeiro semestre de 2022. Começamos com Valinhos e Vinhedos, mas o objetivo é que esse modelo de organização possa ser replicado em todo o Brasil”, explica Ronaldo Pires, diretor da área de Relações Governamentais e Políticas Públicas da Janssen Brasil, farmacêutica da Johnson & Johnson.
Thiago Lavras Trapé, coordenador de desenvolvimento de projetos no Instituto de Pesquisa e Apoio ao Desenvolvimento Social – IPADS, complementa que o projeto é pioneiro e conta com apoio de secretarias municipais e estadual de saúde e com diversos profissionais de referência na área: “Esse projeto tem como diferencial oferecer para gestores e trabalhadores do SUS ferramentas de planejamento e práticas clínicas que ajudem a desenvolver os cuidados necessários para manejar os casos de depressão. A depressão, que sempre foi bastante prevalente, teve um crescimento significativo durante a pandemia, estudos sugerem aumento em até 25% dos casos”.
“A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES/SP) atuou ativamente na elaboração do Projeto Linha de Cuidado em Depressão. Nossos técnicos em saúde mental participaram das reuniões no sentido de ampliar o olhar sobre o tema, indicando a necessidade de diagnosticar, ofertar estratégias diversificadas de cuidado nos distintos níveis de atenção e acompanhar seus processos e desfechos. A Linha de Cuidado propicia a elaboração de planos de ação considerando as características e necessidades locais e regionais de um determinado território, por isso é tão potente e bem-vinda”, explica Rosângela Elias, diretora da Área Técnica de Saúde Mental da SES/SP.
“Em nome da Secretaria de Saúde de Vinhedo, queria agradecer a parceria com a IPDAS, Janssen Brasil e Secretaria do Estado de Saúde de São Paulo pela organização desse curso sobre saúde mental, que já está rendendo frutos na nossa rede de saúde e está em interlocução com a assistência social e a secretaria de educação para aprimorar os métodos da linha de cuidado de depressão. Nesse momento de pandemia e de pós-pandemia, a importância de trabalhos como esse fica ainda mais visível”, ressalta o secretário de saúde de Vinhedo, Milton Ricardo Ribolli.
“O paciente está sempre no centro das nossas atividades. Nossa missão é buscar soluções que transformem a sua vida, de seus familiares e deem suporte aos profissionais da saúde. Mapeamos os cenários das unidades de saúde no Brasil e verificamos que não existia uma linha de cuidado específica voltada para a depressão. Conversamos com os profissionais de saúde e percebemos a importância de criarmos juntos um instrumento de gestão que definisse de forma objetiva as ações, serviços e fluxos assistenciais para os diferentes pontos de atenção existentes na rede de saúde (básica, média e alta complexidade) e nos sistemas de apoio”, ressalta Ronaldo Pires.
