#Provoca entrevista Mandetta no dia de seu depoimento na CPI da Covid

Foto: Alexani Barbosa

No dia em que Luiz Henrique Mandetta será ouvido na CPI da Covid, na terça-feira (4), a TV Cultura leva ao ar a entrevista inédita com o ex-ministro da Saúde no #Provoca, a partir das 22h. No programa apresentado por Marcelo Tas, Mandetta fala sobre diversos temas, como Bolsonaro e a internet, seus temores em relação ao Coronavírus, o uso da cloroquina, os erros do governo no combate à pandemia e o desempenho de Eduardo Pazuello à frente do Ministério da Saúde.

Mandetta comenta sobre a relação de Jair Bolsonaro com a internet. “O que o Deus internet pauta é o que ele faz do outro lado. Ele não vive o mundo real, das pessoas reais, das pessoas que adoecem, dos profissionais de saúde que estão nos hospitais. O Brasil é um dos países que mais perdeu médico, enfermeiro, fisioterapeuta no mundo. Isso não pertence ao mundo dele. O mundo dele é o mundo virtual, é o mundo da internet”.

Sobre suas preocupações em relação ao Coronavírus e suas variantes, o ex-ministro da Saúde enfatiza: “Há um temor no mundo inteiro de que uma dessas variantes possa ser resistente às vacinas, o que seria uma tragédia. Nós voltaremos todos para estaca zero. Há um pavor muito grande porque como está vacinando devagar, dos mais velhos para os mais jovens”. E ainda revela outro temor: “Ele (vírus) ficar mais transmissível e mais agressivo na infância, a infantilização da doença, o que poderia ser uma outra tragédia”.

Mandetta ainda comenta sobre o uso da cloroquina: “Quando você dá esse remédio, sabe que 85% das pessoas vão se curar com remédio ou sem o remédio, com uma fita do Senhor do Bonfim ou sem uma fita do Senhor do Bonfim, e é uma delícia tratar uma coisa que 85% das vezes você vai acertar”.

As medidas do governo durante a pandemia também são pauta da conversa: “Um capítulo que vai ficar eternamente na conta deles, além da questão de indução a kit tratamento, não fazer os testes, apodrecer os testes que foram comprados. Agora, não comprar a vacina para uma doença infecciosa causada por vírus, que é a principal arma da humanidade para enfrentar vírus, sempre foi vacina, por acreditar que ela iria acabar naturalmente, aquilo ali não tem desculpa. Eu acho que é seu pecado mortal”.

No #Provoca, Mandetta também fala da atuação de Eduardo Pazuello no governo Bolsonaro. “Eu não sei quais foram as razões que levaram, a conversa que teve do presidente com esse ministro. Mas a sensação que eu tenho é que ele entrou para ser o primeiro não ministro da Saúde da história do Ministério da Saúde. Ou seja, retire o Ministério da Saúde do enfrentamento da doença”.

Redação

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