Psicólogos do Hospital Alemão Oswaldo Cruz desenvolvem projeto para aproximar pacientes com Covid-19 e familiares

Um dos agravantes da Covid-19 é a necessidade do isolamento social, já que um paciente internado com a doença não pode receber visitas de parentes e amigos para evitar a transmissão do vírus. Pensando em como minimizar a sensação de solidão do paciente e a ansiedade e saudades dos familiares, a equipe de psicologia do Hospital Alemão Oswaldo Cruz desenvolve, desde o início da pandemia, uma ação para aproximar os pacientes e seus familiares.

A iniciativa é uma forma de encurtar as distâncias provocadas pela internação entre os pacientes hospitalizados, principalmente aqueles que passam longos períodos nas Unidades de Terapia Intensiva (UTIs). Por meio desta ação os parentes podem mandar recados e palavras de incentivos para quem está internado. As mensagens enviadas por e-mails, vídeos ou áudios de WhatsApp são lidas pela equipe assistencial para os doentes internados em iPads disponibilizados exclusivamente para o projeto. Desde o início da pandemia, cerca de 200 intervenções foram realizadas.

O que define a necessidade do paciente de receber esse auxílio da psicologia é o quadro e a complexidade clínica de cada situação. Pacientes com comorbidades são prioritários e também aqueles que apresentam uma situação que pode mobilizar alta complexidade emocional, como estresse pós-traumático.

Além das mensagens para os pacientes internados alguns dos familiares também são acompanhados pela equipe de psicólogos da Instituição. “As famílias têm apresentado muita ansiedade e receio. Então, a psicologia faz um acompanhamento gratuito desses familiares também, por telefone ou por vídeo, para que eles se mantenham informados e se sintam mais acolhidos e seguros”, explica Natalia Pavani, psicóloga do Hospital Alemão Oswaldo Cruz.

“A melhora dos familiares que são acompanhados pelos especialistas é nítida em relação ao quadro de ansiedade, elevação da percepção de acolhimento e a sensação de que é possível ajudar e contribuir para a melhora do paciente”, conclui a psicóloga.

Redação

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