Queixas pós-Covid chegam a 70% dos atendimentos realizados por healthtech de telemedicina

Com o objetivo de proporcionar atendimento médico a um custo reduzido para todo o país, a Starbem, cresceu 400% em receita e número de assinantes de novembro (2020) a março (2021). A assinatura contempla consultas por videochamada, renovação de receita médica, além de descontos em exames. Atualmente, conta com cerca de 2.000 assinantes e, dentre as especialidades mais procuradas, estão Clínica Geral (50%), Endocrinologia (20%) e Cardiologia (20%).

“Desde que a Frente Parlamentar Mista da Telessaúde começou a regulamentar a telemedicina no Brasil, tornou-se necessário o seu fomento. Estávamos muito atrasados em comparação com os Estados Unidos e Europa, porém, a pandemia adiantou uma jornada de uma década em meses”, afirma o cardiologista Leandro Rubio, CEO da Starbem.

Dentro dos cenários onde a telemedicina se aplica, àqueles de baixa complexidade, os principais e que geram maior demanda dentro de uma unidade de saúde estão a infecção de via área superior, como a gripe e diarreia. “Em meio à situação atual que vivemos, é essencial tanto para o sistema de saúde quanto para a segurança da população que essas enfermidades consigam ser tratadas dentro de casa, para evitar maior exposição ao vírus”, ressalta Rubio, que já percebeu entre os pacientes uma grande parcela vinda por causa de sequelas da Covid-19, em sua maioria com fadiga e tosse.

Para Brenda Rodrigues, médica clínica geral que atua na linha de frente da rede pública em Belo Horizonte e Pará de Minas (MG) e também na Starbem por meio de videochamada, grande parte do crescimento do número de novos assinantes da healthtech se deve à pandemia. “Estou fazendo uma média de 65 atendimentos por mês em um intervalo de 4 horas semanais pela Starbem, e desses, cerca de 70% chegam para tratar queixas pós-Covid”, afirma. Dentre as mais citadas, estão Cansaço, tosse persistente, dor de cabeça, alterações de olfato e paladar e transtornos de ansiedade e depressão.

Redação

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